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Ídolo do Barcelona e eleito como melhor jogador do mundo, Ronaldinho Gaúcho completou 40 anos no último dia 21 de forma melancólica: detido no Paraguai por causa de documentos falsificados. Neste domingo (29) o Esporte Espetacular, da TV Globo, exibiu mais um capítulo da série especial sobre a carreira do R10 e ouviu comentaristas e ex-dirigentes que trabalharam o ex-jogador.
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Responsável por trazer Ronaldinho de volta ao futebol brasileiro em 2012, quando ele vestiu a camisa do Flamengo, após uma longa novela envolvendo ainda Grêmio e Palmeiras, a presidente do clube rubro-negro, Patrícia Amorim, relembrou a convivência com R10 e seu irmão, Assis.
Patrícia recordou que Assis questionava as decisões de Vanderlei Luxemburgo, então técnico do Flamengo “o tempo inteiro”. “Às vezes em forma de brincadeira, para ver se mandava o recado. Às vezes através de amigos em comum. Foi complicado”.
“Alguém tem que ser o bonzinho, e o outro, o mal. E eles fazem muito bem isso. Às vezes, eu queria ir para cima do Assis, e nunca tive isso com Ronaldinho”, relembrou a ex-mandatária do Flamengo, que ainda avaliou a passagem do ex-jogador pelo clube.
“A gente só pode se arrepender do que a gente não fez. Eu fiz consciente. O saldo? Cada um tem a sua avaliação. Não me arrependo, não”, disse Patrícia Amorim.
COMENTARISTAS AVALIAM A CARREIRA DE R10:
Para o jornalista Juca Kfouri, Ronaldinho tem uma dívida impagável com o futebol. “Ele jogou muito menos tempo do que poderia ter jogado se não tivesse se rendido às delícias da vida”.
O repórter Marcos Uchôa, da TV Globo, acredita que Ronaldinho poderia ter um currículo mais vitorioso. “Ele teria tido mais títulos? Teria deixado um legado maior? Sim. Com certeza teria ganho mais coisas, ele teria sido melhor do mundo mais vezes. Mas ele não seria o Ronaldinho Gaúcho com essa personalidade.”
O ex-jogador Tostão também falou sobre a carreira de Gaúcho e o comparou a outras estrelas que já fazem parte da história do futebol. “Se o Ronaldinho tivesse jogado como faz o Messi, por mais de 10 anos, em altíssimo nível, como ele jogou durante dois anos, ele estaria sendo comparado hoje ao Messi e ao Maradona, abaixo do Pelé”.
Para Xavi, ex-companheiro de Ronaldinho no Barcelona, a única coisa que faltou ao brasileiro foi constância. “Fora isso foi um jogador que está entre os melhores, equiparável aos melhores”.
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