Home Futebol Ídolo do Grêmio dispara: “A Libertadores perdeu a sua alma, o que vale é o dinheiro”

Ídolo do Grêmio dispara: “A Libertadores perdeu a sua alma, o que vale é o dinheiro”

Campeão da Libertadores com o Grêmio em 1983, Hugo de León ainda comentou a utilização do árbitro de vídeo (VAR) no futebol

Danielle Barbosa
Jornalista. Escrevendo para o Torcedores desde 2014.

Ídolo do Grêmio e campeão da Copa Libertadores ao lado de Renata Gaúcho pelo Tricolor em 1983, o ex-zagueiro uruguaio Hugo de León não poupou críticas ao atual formato de disputa da competição, principalmente pela mudança recente, que transformou a decisão em um jogo único – lembrando que antes o título era decidido em jogos de ida e volta.

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“A Libertadores virou uma competição econômica, feita para os times endinheirados. Ela perdeu a sua alma. O que vale é o dinheiro. Ela mudou quando o Brasil e a Argentina colocaram seis, sete clubes, e se não há o advento do cruzamento entre os clubes do mesmo país teríamos por décadas a fio sempre finais brasileiras ou argentinas, o que ocorreu recentemente, de novo. Isso chegou ao ridículo de termos mexicanos ricos jogando e não podendo ser campeões, por favor! Quem jogou a Libertadores antigamente sabe a dificuldade que era. Hoje, o dinheiro é quem manda”, disse o ex-jogador em entrevista à Revista Placar.

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O ídolo gremista ainda explicou como as mudanças afetaram, por exemplo, o futebol uruguaio na competição e como clubes tradicionais, como o Peñarol, que soma cinco títulos, e o Nacional, com três taças. “Um ano em décadas. Antes, se enfrentava apenas dois brasileiros e dois argentinos. Hoje, se enfrenta um exército. Por mais que o futebol uruguaio tente, as dificuldades para avançar, devido à falta de dinheiro, são enormes. Desmoralizaram a Libertadores por dinheiro. Não é à toa termos tantos dirigentes presos e ou denunciados.”

Hugo de León comentou também sobre a chegada do VAR ao futebol. “VAR veio para diminuir as injustiças, os erros grosseiros que mudavam as competições. O VAR beneficia mais o time pequeno. O grande tem condições de fazer mais gols, caso tenha um anulado. Tem tudo para corrigir as injustiças, antes, se mudava demais os rumos das partidas”, avaliou.

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