Por Bianca Ramos
Thelma Tavernari construiu sua carreira no renomado Esporte Clube Pinheiros, que tem tradição na formação de atletas para o basquete nacional. À frente da categoria de base masculina, a treinadora foi vencedora de praticamente tudo o que disputou, construindo uma carreira sólida, ganhando o respeito dos homens e superando o preconceito.
“No início, os treinadores pareciam não aceitar muito bem perder para uma mulher”, contou ela ao Papo de Mina.
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Um dos episódios mais complicados do início da carreira aconteceu quando disputou a sua primeira seleção paulista. “Os repórteres vinham me entrevistar e só faziam perguntas do tipo: ‘Em São Paulo não tinham homens para serem técnicos?’; ‘Como você faz com a questão do vestiário?’”.
Coordenadora há mais de 25 anos de toda a base do Pinheiros, a treinadora recebeu em 2017 o convite para assumir a base da seleção brasileira para disputar o Sul-Americano sub-14. O Brasil foi campeão sobre a Venezuela com um placar elástico de 73 a 28. A conquista foi a de número 101 na carreira.
Paixão pela cesta e pelo ensino
Thelma se considera uma pessoa competitiva, e deixa nítido todo o seu amor pelo basquete e pela profissão. Além disso, sabe que seu papel é fundamental na formação de atletas e cidadãos. “Minha maior vontade é ver o Brasil de volta na Olímpiada”, ressaltou. “Gostaria de ver o esporte sendo considerado base fundamental para educação.”
Pioneira para as novas gerações de treinadoras no basquete, Thelma trabalha hoje ao lado de mais quatro técnicas mulheres na base masculina. “Elas vêm conquistando o seu espaço no esporte cada dia mais.”
