Home Futebol Michel Araújo e Fernando Pacheco: estrangeiros buscam adaptação no Fluminense e peruano sai na frente

Michel Araújo e Fernando Pacheco: estrangeiros buscam adaptação no Fluminense e peruano sai na frente

Enquanto Pacheco já marcou seu primeiro gol com a camisa tricolor, uruguaio teve problemas de saúde e poucas oportunidades com o técnico Odair Hellmann

Victor Lessa (Rádios Globo e CBN)
Colaborador do Torcedores

Os dois estrangeiros contratados pelo Fluminense para a temporada 2020 vivem um início de trajetória bem diferente pelo time das Laranjeiras. Enquanto o peruano Fernando Pacheco já marcou seu primeiro gol com a camisa tricolor e está cada vez mais perto de conseguir uma vaga de titular na equipe do técnico Odair Hellmann, Michel Araújo vem tendo dificuldades de adaptação e pouco conseguiu mostrar nas oportunidades que teve.

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Fernando Pacheco virou uma espécie de 12º jogador do time, mas entrou apenas duas vezes como titular. A primeira no confronto diante do Moto Club, pela Copa do Brasil. Depois, na goleada sobre o Resende, pela Taça Rio. Mas foi justamente num clássico conta o Vasco que, diante de um Maracanã vazio, ele encontrou pela primeira vez o caminho das redes. Ao todo, são oito jogos no ano e 324 minutos em campo. Ele só conseguiu fazer a sua estreia no clássico diante do Botafogo,no dia nove de fevereiro, porque antes estava servindo a seleção peruana no torneio pré-olímpico. O técnico Odair Hellmann vinha utilizando o jogador pelo lado direito, apesar de ele se sentir mais à vontade pela esquerda, que é como geralmente atua na seleção. A verdade é que o treinador ainda não conseguiu definir qual o melhor trio de ataque da equipe e vem testando diversas formações, promovendo um revezamento entre os homens de frente.

Por outro lado, Michel Araújo teve apenas três chances de entrar em campo: na derrota para o  Boavista (1×0) e nos empates diante do La Calera (1×1 e 0x0) que eliminaram o time da Copa Sul-Americana. O uruguaio entrou sempre no segundo tempo e, ao todo, somou 78 minutos em campo. Ou seja, quatro vezes a menos que Pacheco. Logo após o início dos jogos, Araújo pegou uma virose e acabou ficando fora de dois confrontos (Madureira pela Taça Rio e Botafogo-PB pela 2ª fase da Copa do Brasil). Quando retornou, teve que se revezar com Miguel no banco de reservas, por isso não foi relacionado contra Flamengo pela semifinal da Taça Guanabara.

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Michel Araújo, no entanto, é bem avaliado dentro do clube e a comissão técnica enxerga muito potencial no jovem. A tarefa não será fácil, já que o jogador gosta de atuar mais pelo meio, na armação das jogadas, justamente a área de atuação de Nenê (artilheiro do time no ano) e Paulo Henrique Ganso.

Há um entendimento de que é necessário dar tempo ao jogadores. Ambos vivem suas primeiras experiências internacionais e a oscilação é um caminho natural. Por isso, não é de se estranhar que Michel Araújo venha tendo dificuldades, assim como, se por ventura, Fernando Pacheco cair de rendimento e não conseguir repetir as boas atuações após o retorno das competições.

O Fluminense confia tanto no potencial dos jogadores, que não a toa foram os únicos atletas em que o clube investiu para contratá-los em definitivo. Os dois custaram ao cofres tricolores R$ 6,1 milhões. Pacheco foi comprado por R$ 2, 8 milhões, enquanto Araújo saiu por R$ 3,3 milhões. Ambos assinaram por três temporadas.