Em um jogo de muita pobreza técnica, fica difícil saber quem foi o pior em campo pelo Fluminense, contra o Figueirense. Em campo, vários candidatos, sendo Egídio o principal deles. Mas, no banco, Odair Hellmann foi muito mal. O treinador voltou a ser muito contestado pela torcida após algumas escolhas que não tiveram resultado e, principalmente, pela demora em mexer na equipe enquanto o jogo ainda estava 0 x 0. A grande dúvida do comandante está clara: é na formação do trio ofensivo. Ele ainda não encontrou uma solução para que Evanilson, Marcos Paulo e Wellington Silva possam jogar juntos, rendendo o que eles têm condição de render.
No confronto da última quarta (11), o posicionamento dos homens de frente estava confuso. Muita bateção de cabeça e um buraco no meio-campo porque Nene se enfiava entre os atacantes e tinha dificuldade para recuar e armar as jogadas. No segundo tempo, Odair fez o que havia afirmado que iria testar: Evanilson pelos lados. Não deu certo. Já estava mal e piorou por ali. W.Silva manteve sua regularidade de atuações ruins. Nem Marcos Paulo salvou. Perdeu um gol inacreditável porque tentou adivinhar se estava impedido ou não. Atacante tem que meter a bola na rede e depois esperar para ver.

O peruano Fernando Pacheco entrou no segundo tempo. Não chegou a ter uma atuação destacada, mas deixou claro mais uma vez que pede passagem por uma vaga de titular. No caso, ele pegaria a vaga de Wellington Silva, que parece gozar de prestígio com o treinador. Mas Odair tem duas opções: barrar Evanilson e colocar Marcos Paulo como homem de referência, por onde ele normalmente atua melhor. Ou tirar Wellington Silva e escalar Pacheco pela direita, mantendo Evanilson como 9. O treinador talvez tenha feito uma experiência necessária (Evanilson pela ponta), mas talvez no jogo errado, já que se trata de um confronto eliminatório.
A questão é que a solução precisa ser rápida, já que ser eliminado da segunda, das duas competições mais importantes para o clube no ano, pode ser insustentável se manter no cargo. O tricolor vai muito bem no Campeonato Carioca, coleciona algumas goleadas, é líder na classificação geral, mas nos confrontos decisivos, contra equipes que apresentam um nível um pouco superior, o time apresenta muitas dificuldades. A paciência da torcida com Odair Hellmann é cada vez menor. Por isso, avançar na Copa do Brasil será fundamental para o futuro do jovem treinador à frente do comando técnico tricolor.

