Home Futebol Mobilidade do quarteto ofensivo e liberdade para Dudu foram os grandes trunfos do Palmeiras na sua centésima vitória na Libertadores

Mobilidade do quarteto ofensivo e liberdade para Dudu foram os grandes trunfos do Palmeiras na sua centésima vitória na Libertadores

Verdão vence o Guaraní-PAR por 3 a 1 nesta terça-feira (10) com direito a hat-trick de Luiz Adriano; time de Vanderlei Luxemburgo supera retranca paraguaia com mudança de posicionamento na segunda etapa

Luiz Ferreira
Produtor executivo da equipe de esportes da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, jornalista e radialista formado pela ECO/UFRJ, operador de áudio, sonoplasta e grande amante de esportes, Rock and Roll e um belo papo de boteco.

A centésima vitória do Palmeiras na Copa Libertadores da América teve dois capítulos bem distintos. O primeiro deles mostrou uma equipe caindo na pilha do Guaraní e com muitos erros nas tomadas de decisão apesar do bom volume de jogo. E o segundo (e bem mais agradável para a torcida) contou com as mudanças no posicionamento do quarteto ofensivo de Vanderlei Luxemburgo e a vitória por 3 a 1 com direito a hat-trick de Luiz Adriano além, é claro, de mais uma grande atuação de Dudu. A tendência é que a equipe melhore ainda mais com o tempo apesar de ainda oscilar muito durante seus jogos e de ainda jogar abaixo do que o elenco pode jogar. Mesmo assim, a vitória sobre o Guaraní deixou um caminho, um norte para Luxemburgo pensar o Palmeiras para as próximas partidas dessa temporada. Principalmente na Libertadores, a grande obsessão do clube.

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Os primeiros minutos da partida no Allianz Parque mostraram um Palmeiras intenso e veloz, porém sem muita organização diante de um Guaraní bem fechado na sua defesa. Vale destacar aqui que Vanderlei Luxemburgo organizou sua equipe em algo bem próximo de um 4-2-4 que tinha Bruno Henrique e Ramires na frente da zaga e Dudu alinhado à Rony, Luiz Adriano e Willian Bigode no ataque. Sem um organizador de jogadas no meio-campo (o famoso e conhecido “camisa 10” de fato), o escrete alviverde insistiu demais nas bolas longas e nas ligações diretas apesar dos mais de setenta por cento de posse de bola na primeira etapa. O Palmeiras tinha muito volume de jogo, mas pecava demais nas tomadas de decisão e apenas uma finalização a gol (dados do SofaScore). Muito por conta do posicionamento de Dudu no quarteto ofensivo. Faltava aquele toque de criatividade no meio-campo. E ele finalmente daria o ar da graça no segundo tempo.

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Dudu começou a partida jogando alinhado a Luiz Adriano, Rony e Willian Bigode no 4-2-4 proposto por Vanderlei Luxemburgo. O Palmeiras tinha posse de bola, mas pecava muito nas tomadas de decisão e abusou das bolas longas para os pontas. Faltava organização. Foto: Reprodução / FOX Sports Brasil

Vanderlei Luxemburgo fez apenas uma mudança na sua equipe após o intervalo. Organizou melhor o Palmeiras na saída de bola e trouxe Dudu para jogar como “camisa 10” logo atrás de Luiz Adriano. O jogo começou a fluir e a equipe alviverde construiu sua vitória com seu quarteto ofensivo usando e abusando da mobilidade e da intensidade nas transições. E isso sem mencionar o faro de gol de Luiz Adriano. O primeiro gol do centroavante palmeirense abriu o caminho (e também os espaços na defesa do Guaraní) para a segunda vitória do time na Libertadores sem muitos sustos. Principalmente porque Dudu ganhou liberdade para se movimentar por todo o campo. Mais para o final da partida (com a entrada de Zé Rafael no lugar de Willian Bigode), Luxemburgo reorganizou sua equipe no seu preferido 4-3-1-2 tendo em Dudu o “enganche” perfeito para servir a dupla de ataque. Vitória justíssima no Allianz Parque.

Dudu ganhou liberdade para circular por todo o campo e ajudou a construir a centésima vitória do Palmeiras na Copa Libertadores da América. A mudança de posicionamento do camisa 7 foi a grande cartada de Vanderlei Luxemburgo numa noite muito feliz para os torcedores. Foto: Reprodução / FOX Sports Brasil

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A atuação de Dudu jogando por dentro num 4-2-3-1 ou como “enganche” num 4-3-1-2 é a chave para Vanderlei Luxemburgo dar mais solidez à sua equipe numa temporada que promete ser extenuante para todo o elenco do Palmeiras. Ainda mais quando Lucas Lima e Raphael Veiga não chegam nem perto do nível de entrega do camisa 7 nas últimas partidas. A entrada de Rony no time titular também deu mais mobilidade ao setor. No entanto, mesmo com o bom resultado diante do Guaraní e os cem por cento de aproveitamento na Libertadores, o time do Palmeiras ainda osclia demais durante as partidas. É possível sim notar um trabalho, uma ideia bem clara de jogo por parte do técnico Vanderlei Luxemburgo. A grande questão está naquilo que sua equipe tem entregado e nas possibilidades que o elenco oferece. Mesmo com a vitória (importantíssima) desta terça-feira (10), a impressão que fica é que ela teve mais brilho individual do que coletivo.

Há como Luxemburgo melhorar o desempenho da sua equipe em relativamente pouco tempo. Certo é que o segundo tempo do Palmeiras e o posicionamento de Dudu e de todo o sistema ofensivo deram um norte para o treinador alviverde. A formação pode e deve ser mantida.

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