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Banido do futebol, o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira falou pela primeira vez em entrevista após anos. Hoje com 72 anos de idade e com 40kg a menos de quando comandante o futebol nacional, o ex-mandatário afirmou que sua prisão foi uma vingança de Bill Clinton, político americano, na votação para o país-sede da Copa do Mundo de 2022.
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Em entrevista à CNN Brasil, Ricardo Teixeira ressaltou que foi alvo de retaliação do Departamento de Justiça do governo norte-americano. “Eu matei a Copa do Bill Clinton (ao votar no Catar, que acabou vencendo a eleição). E eles sabem disso. É vingança e todo mundo diz que o Clinton é muito vingativo”, afirmou.
Ricardo Teixeira ainda afirmou que o ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, o ameaçou a votar nos Estados Unidos. “Acho que você deve ficar atento, porque você tem propriedade nos EUA, sua filha está estudando lá. Você devia ter cuidado. Como é que você vai votar no Qatar? O que que tem o Qatar a ver com você? Eu considerei isso como ameaça. Não falei nada, ia falar o quê? Olhei com olhar de cascavel para ele e fui lá votar no Qatar”, disse o ex-comandante da CBF.
Acusado de corrupção por receber propinas, Ricardo Teixeira disse que J. Hawila, antigo dono da empresa de marketing Traffic e um dos nomes envolvidos na acusação criminosa, tentou grampeá-lo durante jantar em 2014 e que garçons, na verdade, eram agentes da FBI.
“Eu tinha certeza absoluta que ele me vinha com alguma cafajestada, como veio. Eu tenho 72 anos, já tinha 65 ou 66, não posso ser tão burro, né? Eles botaram sete caras do FBI para me gravar com ele falando negócio de agência, de dinheiro. Cadê essa gravação? No mínimo, é o que estou dizendo, (os agentes do FBI) são incompetentes”, afirmou Teixeira.
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