Em entrevista para o jornal espanhol Marca, Christian Fernández Salas contou sobre sua rotina em meio a pandemia do Covid-19. Ele é um dos capitães do Real Oviedo e um dos jogadores mais respeitados nos estandes de Carlos Tartiere. Caminhando aos 35 anos, ele encerra seu contrato em 30 de junho e tem dúvidas sobre se a competição pode ser retomada com as garantias que permitem que o campeonato termine.
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Confira trechos da entrevista a seguir:
Como você lida com o confinamento?
Bem, com as crianças não há tempo para ficar entediado. É difícil, dedicar um tempo para si mesmo, olhar para eles e concluir as tarefas de treinamento que destacamos, é muito bom.
(…)
Você sente que há muita atenção nos jogadores para exigir que você corte seus salários?
No final, é um estigma que os jogadores sempre carregaram, não apenas com isso. Sempre fomos colocados em uma realidade paralela e as coisas são diferentes. Muitas vezes a imagem que vêem de fora não são reais. Pelos modelos em que estive, a disponibilidade para ajudar o clube sempre foi máxima. Meus colegas e eu sempre estivemos disponíveis para ajudar os trabalhadores e a entidade. Sempre fomos gratos e as pessoas devem saber que estamos lá e que estaremos lá para ajudar da maneira que pudermos.
Você acha que os prazos para jogar novamente e terminar a Liga serão cumpridos?
A primeira coisa é que podemos erradicar ou minimizar a pandemia para que as pessoas possam retomar suas vidas com garantias de saúde. Na medida em que isso nos afeta, acredito que não será possível retomar a competição. Mais do que tudo, o vírus não será erradicado quando o estado de alarme for levantado, estaremos sujeitos a picos ou a uma segunda onda e estaríamos na caixa de partida novamente. Iniciar uma competição que você ainda precisa suspender após algumas semanas pode afetar a próxima. O lógico seria assumir a situação, assumir as perdas e pensar na próxima.
O que você mais gostaria de fazer quando isso acabar?
Volte à vida normal. Muitas vezes reclamamos da rotina e devemos valorizá-la como um privilégio. Levar meu filho para a escola, voltar para o treinamento, desfrutar da minha profissão nos próximos anos; à tarde aproveitar minha esposa e meus filhos, tomar uma bebida em uma lanchonete, ir ao parque, coisas que você não valoriza e agora sente falta deles.
Você acabou de assinar o contrato em 30 de junho, isso significa uma vantagem.
Eu tenho paz de espírito porque foi assim que me disseram antes do início da temporada. Eu sou um homem que acredita na palavra e nas boas intenções do clube. Depois, há uma pequena brecha, que não tem muito a ver com Oviedo, quando podemos retomar a atividade e se algo afetará a mim e a colegas que estão na mesma situação ou mesmo com contratos em vigor.
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