Martin Luther King Júnior Morais Simões não foi pastor. Homônimo do ativista político norte-americano, esse é português e jogador. Atua no Sertanense, do terceiro escalão do futebol luso. Mas, sua carreira profissional começou na temporada 2014/2015, quando jogou no Olhanense, emprestado pela Sampdoria. Neste sábado completam-se 52 anos da morte do líder negro, assassinado em 4 de abril de 1968. Hoje, o xará atleta busca, nos campos, o sucesso.
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Foram quatro partidas disputadas na primeira oportunidade fora dos juniores. Só em 2016/2017 o atacante conseguiu um número expressivo de jogos: 31. Naquela oportunidade, marcou dez gols – recorde pessoal também neste quesito – defendendo o Barreirense, depois de passar por Tourizense e 1º de Dezembro.
O centroavante de 23 anos também já jogou por AR São Martinho, AD Ceuta (da Espanha, porém não o Celta de Vigo) e Sacavenense. Está no atual clube desde 2018/2019. São 26 aparições com a camisa do Sertanense. Antes, nas divisões de base, esteve no Benfica, além dos também portugueses Oeiras, Sp. Lourel e Real.
(Foto: Divulgação)
Inspiração para o nome
Segundo o próprio atleta, foi de seu pai a ideia de ter o mesmo nome do líder reconhecido pelo empenho na luta pelos direitos dos negros nos Estados Unidos. O Sr. José Manuel Simões era admirador do homem que recebeu o “Nobel da Paz” em 1964 aos 35 anos de idade. Simões também teve carreira de atleta. Jogou por Oliveirense, Desportivo das Aves e Vianense.
Em 2016, durante entrevista concedida ao portal luso “Renascença”, o jogador Martin, nascido em Viana do Castelo, confessou aprovar a escolha do pai: “Acho engraçado ter o nome de uma pessoa assim tão importante. De certa forma, também há o peso de representar um nome tão grande. Mas gosto deste nome”, contou na ocasião.
Martin iniciou a caminhada no esporte pelo Benfica, aos dez anos de idade. Ficou nos encarnados até por volta dos 15. Contudo, a trajetória em um dos principais clubes do país não decolou.
Na Itália, pela base da Sampdoria, conseguiu uma bela apresentação numa vitória por 4 a 3. A equipe perdia o duelo, até que ele entrou, marcou dois gols e deu uma assistência. O feito o levou a ser contratado pelo clube com apenas 17 anos.
O Sonho
O atacante, depois de um período na “Terra do Calcio”, retornou ao país natal. Até hoje carrega algo similar ao seu homônimo mais famoso: o desejo de realizar um sonho.
“Desde pequeno, quando comecei a jogar no Benfica, todos tinham o objetivo de chegar à equipe principal. Sou jovem, e o sonho continua sempre na cabeça. O meu sonho é um dia voltar ao Benfica. Não escondo”, confessou há quase quatro anos.
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