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Conhecido mundialmente, o Estádio Maracanã é um verdadeiro templos do futebol. Construído para receber a Copa do Mundo de 1950, o palco já protagonizou decisões emblemáticas, fracassos e conquistas tanto de clubes como da Seleção Brasileira. No próximo mês, mais precisamente no dia 17 de junho, o local comemora 70 anos do jogo inaugural.
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Às vésperas do debute da Copa do Mundo de 1950, que representou o retorno do Mundial após 12 anos de hiato por conta da Segunda Guerra Mundial, o Maracanã recebeu uma partida amistosa entre o selecionado do Rio de Janeiro contra um selecionado de São Paulo. Naquela oportunidade, os paulistas levaram a melhor sobre os anfitriões, triunfando pelo placar de 3 a 1. O meio-campista Didi teve a honra de marcar o primeiro gol do estádio, e assim eternizar o seu nome na história
Recebendo ainda os últimos ajustes para a Copa, o estádio recebeu um excelente público, mas ainda tinha partes estruturais simples inacabadas, algo que chegou a ser visto durante a Copa do Mundo, com andaimes e pilha de tijolos à vista.
No dia 16 de junho de 1950, o Jornal Diário da Noite estampou na sua primeira página:
“A maior praça de esportes da América do Sul – a segunda do planeta – abrirá, assim suas portas para a Copa do Mundo, oferecendo as visitantes estrangeiros uma realidade que resiste ao confronto do que de mais moderno, vasto e elegante possa existir, nos países mais avançados esportivamente.
O Estádio Municipal visto na profusão dos seus detalhes, na amplitude de seus compartimentos, observando-se a técnica do traçado, – é qualquer coisa empolgante, que promove exclamações, sobretudo se considerado como obra gigantesca, construída numa blitz de poucos meses de trabalho diuturno. Se não restassem empreendimentos outros a assinalar o rastro que a administração do prefeito Mendes de Moraes deixa na capital da República, – o Estádio Municipal cobriria esse claro, e disso terão certeza os leitores quando percorrerem, por ocasião das pelejas internacionais da Copa, as enormes galerias de cimento armado do Municipal.”
A PRIMEIRA DECEPÇÃO
Mal sabiam os brasileiros, que há exatos um mês da inauguração do estádio, o Maracanã seria palco do fatídico duelo contra os uruguaios na finalíssima da Copa do Mundo. O fracasso acabou ficando intitulado de Maracanazo.
FICHA TÉCNICA:
Data e horário: Sábado, 17/6/1950, às 16h
RIO DE JANEIRO – Ernani (Luiz Borracha), Laerte e Wilson; Mirim, Irai (Dimas), Carlyle (Simões) e Esquerdinha (Moacir Bueno).
SÃO PAULO – Oswaldo, Homero e Dema; Djalma Santos, Brandãozinho e Alfredo; Renato, Rubens (Luizinho), Augusto, Ponce de León (Carbone) e Brandãozinho II (Leopoldo).
