O Internacional viveu o momento mais triste de sua história em 2016, quando foi rebaixado para a Série B. Mas o Colorado ‘quase’ se salvou devido à uma possível irregularidade de Victor Ramos, zagueiro do Vitória na época. O Torcedores.com relembra o caso e explica o que ‘quase’ aconteceu nos bastidores daquele Brasileirão.
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Como tudo começou?
Em 2015, o zagueiro Victor Ramos tinha seu passe ligado ao Monterrey do México, e o Palmeiras solicitou o empréstimo do atleta para aquela temporada. A inscrição foi feita após confirmação do ITC (o certificado internacional de transferência exigido pela FIFA) da federação mexicana para a CBF. Até aí tudo bem.
Antes que acabasse esse contrato com o Palmeiras, Victor Ramos estava sem espaço no clube, e o Vitória entrou em contato com o Monterrey, solicitando o empréstimo do atleta para a temporada de 2016. Aí vem o primeiro ‘problema’. O acerto se deu fora da janela de transferências internacional. Sendo assim, aquele ITC permaneceu no Brasil, não retornando ao México na saída do jogador do Palmeiras, rumo ao Vitória. No entanto, a CBF não entendeu como uma transação internacional, e considerou uma transferência interna. Fato que, não exigia o tal certificado.
Primeira alegação de irregularidade de Victor Ramos
Ainda no começo da temporada, o Bahia alegou suposta irregularidade do zagueiro, devido à ausência do ITC considerando aquela, uma transação internacional. O STJD não levou o caso adiante e arquivou processo sem julgamento de mérito. Posteriormente, o Vitória de Victor Ramos se sagrou campeão do estadual.
Aonde entra o Internacional?
Já no Brasileirão daquela temporada, o Inter havia sido rebaixado com 43 pontos ganhos. Dois a menos que o Vitória. E alguma ‘mente pensante’ lembrou do ‘Caso Victor Ramos’ e entrou com um pedido no STJD, para o desarquivamento do processo de irregularidade do atleta. Caso fosse comprovado que o zagueiro não podeira atuar, o Vitória perderia TODOS os pontos ganhos em partidas que Victor Ramos atuou. Consequentemente, a equipe baiana cairia e ‘salvaria’ o Internacional.
Mais uma vez, o STJD alegou que não haviam provas de irregularidade de Victor Ramos, e o caso foi arquivado. Para piorar a situação do Colorado, a CBF enviou um ofício ao STJD afirmando que os documentos usados pelo Inter no processo eram adulterados.
O que eram esses documentos? Seriam e-mails entre o diretor de registros da CBF, Reynaldo Buzzoni, e a direção do Vitória. Nas mensagens, Reynaldo teria orientado o time baiano a adotar procedimentos internacionais para inscrever o zagueiro e não os nacionais, assim como foi feito.
Posteriormente, a Justiça comum comprovou que o Internacional não adulterou os documentos apresentados.
E aonde está Victor Ramos?
Depois do caso, Victor Ramos jogou pela Chapecoense, Goiás, Guarani, Vitória novamente, CRB, e atualmente está sem clube.
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