Home Futebol De Norte a Sul: 30 torcedores símbolos dos times da Série A do Brasileirão

De Norte a Sul: 30 torcedores símbolos dos times da Série A do Brasileirão

Torneio está previsto para começar em 9 de agosto, mas não deveremos ver essas figuras nas arquibancadas devido á pandemia

Otávio Silva
Colaborador do Torcedores.com que ama o futebol gaúcho.
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O torcedor é quase uma entidade dentro de uma partida de futebol. Além de, em alguns casos, ser importante para divulgar a marca do clube fora das quatro linhas. No Brasileirão, não é diferente. Alguns fanáticos até mesmo misturam suas histórias com a das equipes.

São inúmeros casos no torneio nacional, recheado de personagens. Alguns usaram até mesmo a paixão pelo time do coração para curar um problema grave de saúde, dando outro significado para o esporte.

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Confira torcedores símbolo de times do Brasileirão

Felipinho – Athletico Paranaense

O torcedor mirim ficou conhecido durante a conquista da Copa do Brasil, de 2019. Durante a transmissão de uma partida, quando a câmera está focada em Felipinho, ele abre um sorriso, mesmo faltando alguns dentes. Ele conheceu os jogadores após a conquista do título e virou um dos símbolos daquele momento.

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Betão – Atlético-GO

É uma figura conhecida dos torcedores do Dragão. Ele tem um bar, em Goiás, onde tem diversas referências ao Atlético-GO, servindo inclusive de ponto de encontro para os fãs do time goiano.

Tia Célia e Vovó do Galo

Tia Célia era uma das responsáveis por organizar as crianças que entram com os jogadores antes das partidas. Exerceu esta função por 40 anos. Em 2017, ela faleceu. O clube divulgou uma homenagem logo após a notícia da morte.

Já a Vovó do Galo viralizou na internet depois de aparecer torcendo para o clube durante uma partida. O vídeo chegou a ser compartilhado por pessoas na Itália, Israel, dentre outros países. Aos 90 anos ela se tornou um dos principais símbolos do time.

Binha do Bahia, Rubi Confete e Mamusca – Bahia

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Binha do Bahia é um dos casos mais curiosos. Chegou a concorrer para ser vereador de Salvador, mas não conseguiu se eleger nas duas oportunidades que teve. Além disso, em 2015, chegou a se candidatar para presidente do Bahia. No ano de 2018, durante o BB Debate ele disse, em tom de brincadeira, que largaria a mulher, mas o Bahia jamais.

Enquanto isso Rubi Confete e Mamusca também são figuras conhecidas dos torcedores. Ele faleceu em 2015, mas antes participou do documentário “Baêa Minha Vida”. Além de torcedor, Confete era músico de reggae e sua risada conhecida por todos. Já Mamusca relatou, em reportagem para a Record, que chegou a iniciar um quadro de depressão, mas a paixão pelo clube a fez superar a doença. Ela é figura constante em campanhas e propagandas do time.

Delneri Viana – Botafogo

Ficou conhecido pela torcida por ter impressionantes 96 tatuagens do clube. Em uma reportagem, admitiu que seu sonho era chegar nas 100, mas faleceu antes de alcançar seu objetivo. Além disso, ele possuía desenhos em seu corpo da cantora Beth Carvalho e de Zeca Pagodinho, torcedores ilustres do Glorioso.

Beto Leão – Red Bull Bragantino

Em 2012, quando o time lutava contra o rebaixamento para a Série C do Brasileirão, Beto Leão começou a ficar mais popular com os torcedores da massa-bruta. Ele afirmou que o amor pelo clube era semelhante ao que sentia pelos filhos e, em sua família, torciam pelo Braga.

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Padre Gottardo Lopes – Ceará

É uma das histórias mais bonitas. É autor da música “Obrigado João Paulo II”, considerado um segundo hino da equipe. Além do mais, era conhecido por celebrar as missas do clube e era figura recorrente nos jogos do clube. Contudo, em 2015, ele acabou falecendo, vitima de infarto.

Dona Valquiria (Tia da Fiel) – Corinthians

É uma das torcedoras mais antigas do time. Em 2013, participou de uma campanha falando sobre momentos importantes vividos com o alvinegro. Nos anos 90, depois de suas filhas viajarem para o Japão, ela entrou em depressão, mas o amor pelo clube a ajudou a superar. Foram mais de 1000 mil jogos do Corinthians assistidos presencialmente pela fiel torcedora.

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Jairton da Rocha – Coritiba

Um dos maiores desafios para os torcedores é achar maneiras de se chegar nos estádio, principalmente quando existe uma dificuldade muito grande. É o caso de Jaírton da Rocha, que perdeu os movimentos de grande parte do corpo e assiste aos jogos do Coritiba deitado em uma maca. O torcedor é um dos maiores exemplos de paixão pelo clube. Faça chuva ou sol, sempre marca presença.

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Anjinho e Santa Cruz – Flamengo

O Flamengo é uma das maiores marcas do futebol brasileiro e atual campeão do Brasileirão. Uma das figuras mais conhecidas é do Anjinho, torcedor símbolo. A pessoa por trás do personagem é o carioca Marcelo Nuba, que assumiu a fantasia de anjinho depois de um bloco de Carnaval. Durante os jogos é comum vê-lo na arquibancada.

Ainda há outro personagem icônico. Trata-se de Antônio Ramos Brandão Pinto, conhecido como Santa Cruz. O apelido se misturou com alguns outros. Já foi conhecido como Índio, Roberto Carlos, Carranca e Cabeludo, mas o que ficou mesmo foi o apelido de Santa Cruz, bairro onde morava quando chegou ao Rio de Janeiro, vindo do Pará.

Desiree Roberto – Fluminense

Ficou conhecido da torcida em 2013, quando o clube escapou no tribunal de um rebaixamento para a Série B do Brasileirão. Seu Roberto então comemorou abrindo um champanhe, fato semelhante ao do presidente Álvaro Barcellos, quando em 1996 o clube se manteve na primeira divisão. Ele também é uma figura conhecida nos jogos do Fluminense, duro nas criticas quando o time não está bem.

Toinha – Fortaleza

Tem uma vida dedicada ao clube cearense. Antônia Porfírio Lima ou Toinha, está no Fortaleza há 50 anos, tendo passado boa parte da sua vida no tricolor de aço. Em 2017, atravessou o campo de joelhos, depois do acesso para a Série B do Brasileirão. Em uma entrevista ao Esporte Fantástico, da Record, Dona Antônia falou que “faz de tudo um pouco no clube”.

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Seu Arlindo – Goiás

Arlindo Marques era figura conhecida nos jogos do Goiás dentro do Serra Dourada. O torcedor assistia às partidas sempre acompanhado de periquito, animal mascote do time goiano. Em 2012, aos 74 anos, devido à complicações de uma cirurgia no estômago, veio a falecer. Deixou o seu legado, pois os seis filhos, netos e bisnetos torcem para as cores esmeraldinas.

Gaúcho da Geral e Salim Nigri – Grêmio

Juliano Franczak é conhecido pelos gremistas, mas não pelo seu nome e sim o apelido. Sempre vestindo uma roupa gaúcha e com a camisa e bandeira do Grêmio, acabou chamado como Gaúcho da Geral. A sua imagem, nas transmissões das partidas, ficou marcada na memória dos tricolores. Franczak é vereador de Porto Alegre e bastante elogiado pela economia de 91% da sua verba de gabinete.

Já Salim Nigri tem uma história linda junto ao Grêmio. Foi autor da frase “com o Grêmio, onde o Grêmio estiver”, que inspirou Lupicínio Rodrigues a compor o hino do time. Em 2010, aos 82 anos, ele veio a falecer.

Seu Noé e Fanático – Internacional

Seu Noé é uma figura tão conhecida como o Gaúcho da Geral. É o senhor de idade trajado de gaúcho e vestido com a camisa do Inter, que chora ao comentar o rebaixamento para a Série B. Também colocou as camisas dos rivais gaúchos lado a lado quando a torcida mista passou a fazer parte dos clássicos. Era figura presente nos estádios, mas faleceu este ano.

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Outra figura conhecida é a do fanático, torcedor presente nos jogos da equipe no Gauchão, Brasileirão, Libertadores e demais competições. Davi Parizzoto vai ao jogos em uma fantasia que remete à banda Kiss, demorando quase duas horas para se pintar. O ritual é repetido há mais de 20 anos e um símbolo nas conquistas continentais.

Celso Mazza e Nickollas – Palmeiras

Celso Mazza carrega consigo uma história dentro do clube. É ex-treinador e ex-jogador, tendo atuado como armador do time de basquete alviverde. Também foi amigo de João Gaveta, torcedor muito conhecido dos alviverdes. Jogou ao lado de grandes craques, como Oscar, Carioquinha, Ubiratan, entre outros.

Nickollas ficou popular depois que sua mãe relatava para ele o que estava acontecendo no gramado, em uma partida do Brasileirão, pois o torcedor é deficiente visual. Logo após isso, conheceu os jogadores e ganhou um prêmio da FIFA, dado especialmente para torcedores que demonstraram a paixão pelo seu clube.

Alemão – Santos

Alemão leva a sério o termo “carregar o amor pelo clube na pele”. Alberto Francisco de Oliveira Júnior tem tatuado, por seu corpo, escudos do Santos – incluindo na testa. Ele é dono de um bar nas proximidades do estádio e é conselheiro do clube.

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Cidão e Heraldo – São Paulo

Aparecido Donizetti da Rosa, ou Cidão, tem uma vida dedicada ao clube. Começou sua paixão nos anos 70 e não parou de acompanhar a equipe. É um dos nomes mais antigos da Dragões da Real, torcida organizada, ao lado da Independente. Já Heraldo carrega consigo um escudo do São Paulo no peito.  Não veste a camisa da equipe, mas tem na pele o amor pelo tricolor.

Zé do Rádio – Sport

Ficou conhecido como o torcedor “mais chato” do Brasil, por sempre carregar um rádio e com o barulho do aparelho atrapalhar a concentração dos técnicos adversários. Ele chegou a fazer um transplante de coração e o doador era um torcedor do Náutico, algo que virou brincadeira na época.

O fato é que, mesmo com esta situação, seu amor pelo Sport nunca acabou. No final da década de 1990, o treinador Zagallo se irritou e pediu para Zé abaixar o seu rádio. Ele então colocou o aparelho no chão, mas não abaixou o volume. Em 2015, aos 70 anos, ele faleceu.

Homem Peruca, Cacareco e Caique – Vasco

Carlos Bip Bip é conhecido dos vascaínos e apareceu rapidamente no Netflix durante o filme Dois Papas. Além do mais é uma figura muito querida, não apenas pelos torcedores, mas também pelas crianças. Em alguns momentos chega a viajar junto com o clube. Ele possui um canal no Youtube.

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Enquanto isso, Cacareco era conhecido por ter um fusca com as calotas pintadas com o escudo do clube, além de um caixão com as cores da equipe, pois segundo ele, queria ser Vasco até morrer. Em 2015, faleceu.

Já Caique ficou marcado na memória dos torcedores depois de carregar uma placa com a palavra fé, sempre acreditando na permanência do clube na primeira divisão. Entretanto, o torcedor não foi apenas importante no Brasileirão, mas também na Copa do Brasil de 2011 e na Copa Mercosul de 2000, quando o clube acabou campeão.

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