Um começo animador e um fim trágico. Mesmo com uma série de desfalques, o Corinthians deu (falsas) esperanças para a torcida, quando abriu o placar com Jô e ampliou com Araos ainda no 1º tempo. Mas conseguiu em 15 minutos na 2ª etapa, tomar a virada, e quase sofrer uma goleada. Mas como explicar tamanho apagão? Tentaremos explicar.
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O início promissor
É bom deixar claro que o Corinthians ‘sofreu’ desde o início do jogo. O Atlético-MG teve duas chances claras com menos de cinco minutos. Mas vamos ao que interessa, a parte boa (se é que teve).
O Corinthians começou o jogo no esquema habitual, com um 4-2-3-1 (Cássio, Michel Macedo, Bruno Mendez, Danilo Avelar e Sidcley; Gabriel, Ederson, Araos, Vital, Ramiro e Jô). A primeira diferença óbvia, é a entrada de Araos no lugar de Luan, e a mudança foi clara: Araos chega muito mais perto de Jô! E deu pra ver isso logo no primeiro gol, quando Sidcley aproveitou a falha de Guga na esquerda, e tocou pra trás para Araos, que cruzou na medida para Jô. 1×0.
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Outra mudança positiva foi notada no segundo gol. Nos últimos jogos, os pontas (que não são pontas de verdade), foram Ramiro na direita e Vital na esquerda. Na partida de hoje, houve uma inversão, e Vital se saiu muito melhor daquele lado. Foi de lá, que fez a jogadaça, que caiu nos pés de Jô, que de calcanhar tocou para Araos ampliar (mais uma vez perto do centroavante). 2×0.
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Até aí tudo bem. Mesmo tomando aquela pressão toda, o Corinthians ia se virando. E quando passava, Cássio fazia os seus milagres habituais. A diferença é que o adversário era o Atlético-MG de Jorge Sampaoli. O argentino não se contenta com pouco e saberia explorar os pontos fracos da equipe de Tiago Nunes. Hoje especificamente, as laterais.
O começo da tragédia
Veio a segunda etapa, e a pressão do Galo continuou ‘insana’. Cássio fez outro milagre ainda no primeiro minuto. Era um presságio do que estava por vir.
O Corinthians voltou muito espaçado, e qualquer exposição da linha de quatro defensiva, era um ‘Deus nos acuda’. Fato que apareceu no primeiro gol. O Galo roubou a bola, e chegou como quis pelo lado direito com Guga, que nas costas de Sidcley (mais uma vez mal posicionado), cruzou para Hyoran (livre) marcar. 2×1.
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Tal exposição, também se deve pela fraca partida de Gabriel e Ederson, principalmente na segunda etapa. Ambos estavam perdidos, e o meio de campo do Galo também tinha tempo e espaço para armar as jogadas. No segundo gol, Ederson perde a bola na direita, e o time todo do Corinthians estava posicionado naquele setor. Foi o tempo do Atlético-MG abrir o jogo do outro lado (outra vez nas costas de Sidcley), e pegar a defesa do Timão completamente exposta. Savarino chegou livre e bateu para mais uma defesa de Cássio. O rebote? Nenhum dos dois zagueiros acompanhou, e Hyoran finalizou livre. 2×2.
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Aí literalmente, a ‘vaca foi pro brejo’! O Corinthians que já não tinha nenhum poder ofensivo, deixava o Atlético-MG finalizar de qualquer lugar. Foi o que aconteceu no belo gol de Nathan. Nem Ederson e nem Gabriel estavam próximos, e Avelar teve que sair para tentar impedir o chute. Até essa transição, já era tarde. Virada do Galo. 2×3.
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As mudanças
Tiago Nunes tentou arrumar uma solução para esse apagão, colocando quatro reservas em campo. As alterações foram as seguintes: Ruan Oliveira, Gabriel Pereira, Cantillo e Janderson, nos lugares de Ederson, Ramiro, Vital e Araos. Então, o esquema não mudou. A alteração foi simplesmente de características. Em resumo, Cantillo entrou para lançamentos longos do meio de campo, e a molecada entrou pra correria mesmo. Nada mudou! O Corinthians até chegou na garra e na disposição. Mas as melhores chances continuaram sendo do Atlético-MG.
Entre gols anulados, milagres de Cássio e chances perdidas, o Galo esteve muito mais próximo do quarto gol, do que o Corinthians do terceiro.
O que dá pra concluir desse Corinthians?
Araos ao lado de Jô foi uma novidade agradável, mas está longe do que se espera de um titular do Timão. De qualquer forma, o pique do time como um todo, caiu na segunda etapa.
De ruim, quase todo o resto! A ausência de Gil, Fagner e Carlos na defesa foi muito sentida. As laterais foram um desastre. Guga e Arana passavam o tempo todo e chegavam como queriam na linha de fundo. Falhas técnicas e também de posicionamento.
Enfim, faltou maturidade para segurar uma excelente vantagem de 2×0. Faltou personalidade para encarar o baque, e conseguir retomar o bom futebol da primeira etapa. Mas o principal: faltou qualidade, e no caso de algumas peças, Tiago Nunes não fará milagre. Ele pode ajudar coletivamente, mas não conseguirá ensinar ninguém a jogar bola. O Corinthians não tem reposição para boa parte de seu time titular, e hoje foi uma grande prova disso.
Notas dos jogadores:
Cássio: 6,0
Michel Macedo: 3,0
Bruno Mendez: 4,5
Danilo Avelar: 4,5
Sidcley: 4,0
Gabriel: 4,5
Ederson: 5,0
Araos: 6,0
Vital: 6,0
Ramiro: 4,0
Jô: 7,0
Cantillo: 5,0
Gabriel Pereira: 5,5
Ruan Oliveira: 5,0
Janderson: 4,5
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