Em uma rara entrevista exclusiva, desta vez à ESPN Brasil, o técnico colorado Eduardo Coudet analisou os oito meses de trabalho no Inter e deixou claro que ainda tem muito a fazer, evitando cravar qual foi o melhor jogo do clube sob seu comando até aqui.
Para ele, o melhor jogo do Inter precisa ser sempre o próximo:
“Não sei dizer (o melhor), porque sempre vão mudando as estratégias, os rivais, vamos tentando adaptar as coisas ao que passou, ao que vai acontecer. É muito difícil dizer, se tivesse que escolher, te diria que tomara que seja o próximo. E assim ir a cada três dias, quando temos que jogar. Essa é a nossa ideia, ir melhorando a cada dia, ser competitivo em cada jogo. Queremos nos manter lá em cima, gostamos de nos ver lá, gostamos de ganhar. Temos a cada três dias a possibilidade fazer isso, então temos que competir. A única maneira para isso é no dia a dia”.
Elogios a Renato e aos brasileiros
Coudet negou existir algo como uma “má fase” dos treinadores brasileiros e tratou de elogiar vários nomes, dentre eles o seu rival direto em Porto Alegre, Renato Portaluppi, comandante do Grêmio:
“Os treinadores brasileiros têm boas propostas. Aqui em Porto Alegre há o Renato, que tem ido muito bem. Sempre enfrentei times brasileiros em copas, como Roger Machado, Mano Menezes, Cuca. E sempre foi duríssimo. Eles sempre tinham alguma coisa diferente. Creio que há grandíssimos treinadores no Brasil, e entendo que a qualidade não tem a ver com nacionalidade. O Brasil é um futebol que te faz crescer. E que não te deixa dormir muito, porque se joga muito. Constantemente, mal termina um jogo e já tem que pensar no próximo adversário. Digo que temos que olhar e “roubar” coisas. Todos os jogos, temos que olhar os adversários e tentar pegar algo de bom. É a minha intenção, sem nenhuma maldade”, confirmou.
Retrospecto em Gre-Nais incomodam Coudet
Dos 9 Gre-Nais seguidos do Inter sem vitórias, quatro deles já foram sob comando de Coudet em 2020. Com três derrotas, um empate e nenhum gol marcado, o argentino admite estar incomodado com o tabu. E já fala do dia 23 de setembro, data do novo clássico, no Beira-Rio, pela Libertadores.
“Ainda é uma dívida pendente que eu tenho, da qual eu me responsabilizo totalmente. Essa série de vitórias do Grêmio ainda não conseguimos quebrar. É difícil às vezes cortar essas vantagens em clássicos, porque são vários fatores. Mas temos que quebrar esse jejum. Vamos trabalhar com foco nisso. É a partida que mais dói perder. Não é porque sou estrangeiro que não sinto o Gre-Nal da mesma maneira, ao contrário. Quero ganhar. A primeira coisa que fiz foi ver quando será o próximo jogo. E no dia 23 de setembro podemos escrever uma nova história”, concluiu.
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