Home Esportes Olímpicos B-Girl que ficou tetraplégica dá exemplo de superação, de fé e divulga “vakinha” para custear o tratamento

B-Girl que ficou tetraplégica dá exemplo de superação, de fé e divulga “vakinha” para custear o tratamento

 

Luciana Mazza
Colaborador do Torcedores

Ela começou no Breaking cedo, mas foi apenas com 16 anos que passou a participar de competições, seu sonho era ir para fora do país e ter sua dança reconhecida mundialmente. Sempre foi competitiva, guerreira e gostava de desafios.

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Estamos falando de Geisiane Aguilar, mais conhecida na cena como B-Girl Branca. Em 2015, ela participou da Batom Battle, sendo ganhadora do evento de B-Girls. Junto com suas crews Rock Niggaz e We Can Do It, teve várias conquistas. Esteve também na eliminatória no Brasil da Eurobattle, ficando em segundo lugar.

Tudo caminhava bem, mas foi durante o treino, numa noite em agosto de 2016, que Branca seria apresentada a maior de todas as batalhas da sua vida: seu nome era “Mielite Transversa Cervical” ou “DEVIC”, uma inflamação na coluna cervical que a deixaria tetraplégica. Segundo os médicos, Branca tinha apenas 7 meses de vida.

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Ela encarou o diagnóstico como mais uma grande batalha que seria vencida! Foi forte, guerreira, pediu a Deus uma nova oportunidade e quando recebeu a agarrou com unhas e dentes, tendo grandes melhoras e avanços no seu quadro.

Branca é um milagre, um exemplo de superação! Uma verdadeira inspiração para todos que conhecem sua história!

Hoje B-Girl Branca luta para continuar seu tratamento de reabilitação, que não é barato! Se recuperar e voltar a dançar faz parte de seus sonhos futuros! Por isso, criou nas redes sociais uma “vakinha” para levantar dinheiro para custear o tratamento.  Veja a entrevista abaixo:

 

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Quando nasceu o amor pelo Breaking? Com que idade começou a dançar? Alguém te ensinou?

Branca: Eu acho que eu já amava o Breaking, só que não conhecia. Eu me apaixono por algo que seja competitivo, coisas difíceis e desafiadoras. E foi quando eu conheci o Breaking e já tinha todas essas essências que eu gostava e acabei me identificando. Foi quando eu acabei me apaixonando. Quem me ensinou foi o César Rodrigues do grupo QDM. Ele estava à frente do projeto onde eu conheci o famoso Hip-Hop. Hoje somos amigos e irmãos, ele acredita que irei voltar mais forte.

 Você teve o apoio da sua família na prática do Breaking?

Branca: Nunca tive apoio da minha família, meus pais sempre questionavam, diziam que era coisa de louco, que era coisa para meninos. Eu tinha mais ou menos um pouco de apoio da minha mãe, mas da minha família nunca tive.

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 Com que idade começou a competir? Fale um pouco dos principais eventos que participou e que também ganhou. Quais eram seus objetivos e sonhos nessa época?

Branca: Eu comecei a competir com 16 anos de idade, participei da Batom Battle, em 2015 e ganhei o campeonato de B-Girls. Era um evento para B-Girls e tinham várias de todos os estados e países. E também competia muito com a minha crew. Meu sonho era conhecer a gringa e ser reconhecida no mundo inteiro.

 Fale sobre sua vivência nas Crews Rock Niggaz e We Can Do It e o que conquistou ao lado delas. Você chegou também a participar de alguns eventos internacionais, como a Eurobattle? Nos fale sobre eles…

Branca: Eu sou do grupo da Rock Niggaz e da We Can Do It B-Girls, com a Rock Niggaz participei de um campeonato chamado Batalha na Vila e ficamos em segundo lugar e outros que participei com eles foi chegando em semifinais. Com a We Can Do It B-Girls, nós participamos da Master Crews e a gente foi a primeira crew de B-Girls a passar do filtro desse evento, onde tinham mais de 32 Crews e ficamos entre os 16. Eu participei da eliminatória aqui no Brasil da Eurobattle onde fiquei em segundo lugar. Era um evento com várias modalidades e eu participei da de B-Girls, onde quem ganhasse o campeonato iria ter uma vaga na OutBreak, na gringa.

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 Você disse que 2015 tinha sido o melhor ano da sua vida. Nos conte o que aconteceu nesse ano?

Branca: Em 2015, foi o ano que eu treinei mais para poder ganhar esse dois campeonatos: Batom Battle e Eurobattle. Foi o melhor ano porque eu consegui provar pra mim mesma que eu consigo sim ganhar as coisas e mostrar pra quem desacreditava do Breaking que não ia me levar a nada, foram o que mais me levou a conquistar as coisas e ser reconhecida no Brasil. E mostrar pra minha família que o Breaking sim, dá retorno!

 Passado um ano, o que aconteceu na noite de 16 de agosto de 2016, no Ginásio de Esportes, em Brasília? Foi durante o treino? Quando notou que tinha algo errado? Como tinha sido aquele seu dia?

Branca: Eu fui pro treino bem, tinha acabado de me recuperar de uma dengue que eu tinha pegado. Não tive o repouso, que é de 15 dias, só esperei melhorar e fui para o treino. Treinei muito naquele dia, mas estava me sentindo cansada, com o corpo doendo, ainda por conta da dengue. Foi quando eu fui fazer um movimento chamado “Coin Drop” (conhecido como “Giro de Moeda”), fui fazendo ele várias vezes no treino, a partir desse movimento eu me senti mal, sentei, coloquei a mão no pescoço e estava doendo muito. Foi aí que meus colegas de treino preferiram me pegar e me levar ao hospital. Aquele dia foi horrível para mim!

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 Quais foram as primeiras medidas tomadas? Quem te socorreu? Para onde te levaram? Que procedimentos e exames foram feitos? Chegou a fazer alguma ressonância magnética no primeiro momento?

Branca: Meus colegas de treino me levaram até o hospital, logo após minha mãe chegou. Cheguei chorando e eles me atenderam o mais rápido possível, me deram “Dipirona” na veia e não passava a dor, me deram um relaxante muscular e foi quando eu não consegui sentir meu corpo. Isso foi no hospital da minha cidade, eu moro no entorno de Brasília. Minha cidade se chama Cidade Ocidental, no outro dia, eu fui pra Brasília, no Hospital de Base, fizeram um monte de exames e não descobriam o que era. Pediram uma ressonância e viram minha medula completamente inflamada.

 O que você sentia naquele momento e o que os médicos te falaram?

Branca: Os médicos não me passavam nada, só conversavam bastante com a minha família. Eu me senti muito mal de me ver toda cheia de aparelhos e estava no estado de intubação. E disseram pra minha família que meu estado era gravíssimo…

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 Quando de fato o diagnóstico foi fechado? Os médicos falaram de “Mielite Transversa Cervical” ou “DEVIC”, consegue nos explicar o que é essa inflamação, qual a causa e quais são as consequências? Verdade que os médicos compararam a sua situação a uma pessoa que tivesse sofrido um acidente muito grave?

Branca: Os médicos não sabem o motivo da inflamação, eu perguntei se foi por conta da dança, eles disseram que não foi. A inflamação foi tão forte que foi como se eu tivesse sofrido um acidente de carro e tivesse batido minha cabeça várias vezes. Hoje eu tenho acompanhamento médico e eles estão definindo o que aconteceu para causar essa informação toda. Em outubro, eu vou ver o resultado do exame e eles vão dizer o que eu tenho realmente. Eles deram que é 100% DEVIC, mas eles dependem desse exame para sair o resultado que é o que eles querem saber, se é DEVIC mesmo para eles confirmarem e me passarem o resultado! As consequências eles não me passaram e nem me deram esperança, conheci uma moça com DEVIC e ela disse que ela não ia voltar a andar e ela ficou 3 anos na cadeira de rodas e voltou a andar e está normal hoje em dia.

 Você chegou a pensar que essa inflamação teria alguma ligação com a dança? Chegou a mostrar vídeos para os médicos, correto? O que eles falaram?

Branca: Eu cheguei a pensar que sim, porque eu não tinha uma alimentação tão saudável. Comigo era tudo corrido e deixava minha alimentação em segundo lugar e dava a prioridade à dança, ao trabalho, etc. Cheguei a mostrar o vídeo de dança e eles começaram a rir e disse que eu sou bem agitada e folgada. E que não tinha capacidade de ter causado essa informação tão alta e forte.

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 O que você sentiu quando recebeu o diagnóstico? O que se passava na sua cabeça?

Branca: Diagnóstico eles fecharam como DEVIC, eu imaginei várias coisas, quase entrei em depressão por saber que eu iria demorar um pouco a voltar os movimentos do meu corpo. Mas eu sempre acreditei em Deus e ele sabe de todas as coisas e ele que vai dar o resultado final. Hoje, as minhas forças vêm de Deus.

 Uma pessoa cheia de vida, que dançava, que tinha movimentos rápidos e precisos, de repente se vê tetraplégica. Como você viveu esse momento, o que te deu forças para passar por tudo isso?

Branca: Foi muito difícil pra mim saber que eu iria fica tetraplégica e ficar numa cadeira de rodas e estar dependendo de outro pessoa, aquilo me matava por dentro, porque sempre fui independente e nunca passou pela minha cabeça que eu iria ficar assim. Eu sempre fui mudando meus pensamentos ao passar dos tempos, ficava pensando que eu sempre fui uma menina positiva e que isso é só uma fase e que as coisas vão ficar bem e que também vão dar certo. Eu sou evangélica, minha força toda vem de Deus, minha segunda força vem da minha companheira, que é minha mãe. Eu falo que ela é minha psicóloga (risos). Ela fala pra mim umas coisas bonitas e positivas. Quando estou nos meus dias ruins, ela fala: “minha filha, você é forte, guerreira e está viva, graças a Deus. Logo, logo você vai estar bem, fé em Deus”, eu ouço, reflito bem aquilo que ela me diz e aí me dá mais ânimo de correr atrás pra me ver bem logo.

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 Você fez cirurgia? Por que isso foi necessário? Como foi a recuperação?

Branca: Sim, eu fiz uma traqueostomia no pescoço, a recuperação foi ótima e rápida. Só senti muita dor quando eu acordei da cirurgia, parecia que tinha arranhado minha garganta, foi horrível. Mas quando tirei, foi um alívio, porque me incomodava demais.

 Por que os médicos falaram que você tinha apenas 7 meses de vida? No que se baseavam? O que você sentiu nesse momento? E como você reagiu a tudo isso?

Branca: Eu não sei o porquê eles falavam isso, médicos são muito desacreditados das coisas, eles passam uma carga negativa, sabe. Não te dão esperança. Os médicos diziam para ninguém me falar que eu só tinha 7 meses de vida. Mas eu via eles conversando baixo e sabia que não era uma boa notícia, mas eu nunca me desesperei. Eu também tinha pegado uma pneumonia na UTI e tudo estava dando alterado, os resultados de exames, etc. Eu dei a volta por cima e estou aí de volta, eu fui lá no hospital visitar o médico que falou pra minha família que eu tinha 7 meses de vida, o encontrei e disse a ele: “Os seus cálculos deram errado, hein, Doutor!”. E ele veio, me abraçou forte e se emocionou, falou que eu era um milagre, que era muito forte, que era para eu e minha família continuarmos tendo fé. Porque eu conseguiria ter uma boa recuperação.

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 Como sua família reagiu a toda a situação?

Branca: Minha família ficou desesperada, não sabiam o que fazer, não tinham muitas notícias minhas porque eu era maior de idade, tinha 20 anos na época. E era só uma hora de visita e os médicos só falavam coisa ruim. E quando minha família disse que eu ia pra UTI e iria ficar usando traqueostomia, foi desesperador. Mas depois todos mantiveram uma calma e só vou dando certo e recebendo notícias boas pelo celular, que o hospital ligava.

 Após isso, como foi o tempo de fisioterapia e de recuperação? De onde você tirava força para prosseguir?

Branca: Após ter alta, eu fui para outro hospital de reabilitação em Brasília, chamado Hospital de Apoio, onde eu tive meus primeiros acessos às fisioterapias. Eu tirava as minhas forças vendo outras pessoas que estavam com a mesma dificuldade que a minha se recuperando um dia de cada vez. Aí eu pensei: eu vou fazer igual essa pessoa; só que ao invés de eu estar fazendo fisioterapia, eu vou imaginar que eu estou tentando pegar um movimento difícil que eu queria aprender e colocava toda minha força nas fisioterapias e nas reabilitação.

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 Fale um pouco das amizades nesse período da sua vida, você disse que 100% dos amigos sumiram… Nos conte isso.

Branca: Sim, eu tinha amigos fora da dança, que a gente sempre se juntava pra curtir umas festas e, quando eu adoeci, todos sumiram! Restaram 2 ou 4 que me ajudam quando eu preciso. Mas eu não liguei muito, fiquei chateada na época, mas passou. Encontro alguns na rua e cumprimento todos normalmente. Eu acho que, tipo, ninguém quer ter responsabilidade ou alguns só estava comigo por estar, outros por outros motivos. Eu não sei muito bem explicar!

 Por outro lado, tiveram pessoas mais que especiais, como por exemplo, o professor de dança Cesar Rodrigues, alguns fisioterapeutas e amigos que foram mais chegados do que irmãos, não é verdade? Nos fale dessas pessoas e o que significam na sua vida.

Branca: Sim, eu conheci uma fisioterapeuta maravilhosa. Bem prestativa, sempre querendo o meu bem em todos os momentos. E aí a gente virou amiga depois que sai do hospital. Ela se chama Juliana Alves, continua me dando o maior apoio e força também, gosto bastante dela, é uma pessoa muito especial para mim. Tenho uma outra amiga, chamada Arianne, ela sempre me ajuda no que eu preciso. Me ajudou bastante na minha reabilitação, ficando comigo nos hospitais, ela é uma irmã pra mim. A amo e teve outras pessoas também, que me ajudaram bastante no meu processo em casa. O César Rodrigues eu já disse, é meu irmão também, sempre está comigo quando ele tem seu tempo vago, um cara super especial pra mim também. Amo todos que me ajudaram, de coração!

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 Quando você voltou a recuperar alguns movimentos, conseguiu sentar e ficar depois de pé, nos conte o turbilhão de emoções que você sentiu?

Branca: Quando eu tive meu primeiro movimento, foi na UTI, eu mexi lentamente o meu dedo e mandei minha mãe conferir se estava mexendo mesmo. Ela disse que sim e chamou os médicos e fisioterapeutas, foi uma alegria esse dia. Eu me senti tipo uma “fênix renascendo das cinzas”, tipo feliz demais, chorei horrores (risos), aí eu imaginei, se o dedo mexeu, o resto vai mexer também. Aí eu tenho movimentação na perna direita, de encolher e esticar, tenho movimento nas mãos e nos dedos, de encolher e esticar. Mas não consigo ficar em pé e não consigo levantar os braços, não consigo comer só, banhar só, não consigo abraçar alguém, não consigo fazer cumprimentos levando os braços. E tenho equilíbrio de tronco.

 Você fala em um vídeo, que tudo tem um propósito e o seu tempo e demonstra gratidão a Deus por ter te dado uma nova chance. Você já descobriu qual foi o propósito disso tudo que você passou? O que mudou na sua vida após tanta luta?

Branca: O propósito que eu acho que Deus teve comigo foi mostrar que nós, seres humanos, não somos nada diante dele. E eu sou uma prova viva disso, para quem tinha 7 meses de vida vocês não acham que tem algum propósito aí?! Eu quero que minha história alcance o maior número de pessoas possível, para as pessoas refletirem e valorizarem a vida o máximo possível. E sempre agradecer, todos os dias! Esse é o recado que eu tenho para dar! Passar para todos! O que mudou na minha vida foram os valores, passei a valorizar as mínimas coisas que as pessoas desprezam. Hoje em dia, essa minha luta está me amadurecendo demais. E espero levar isso comigo pro resto da minha vida.

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 Quais são seus desafios e sonhos para o futuro? O Breaking se encontra neles?

Branca: Sim, o Breaking se encontra neles. Quero volta a dançar, se Deus permitir. E desafios para o futuro é continuar alcançando os meus objetivos e sonhos que eu pretendo realizar em breve.

 Quem é a B-Girl Branca hoje?

Branca: A B-Girl Branca hoje continua sendo a mesma, gentil, marrenta, um amor de pessoa, agradável. E sempre com pensamentos positivos e querendo voltar o mais rápido possível. Estou com mais experiência na vida, penso demais antes de fazer alguma coisa errada ou falar algo que possa magoar o próximo. Hoje eu sinto uma paz que eu não sentia antes. E quero que as coisas só tenham progresso, na minha vida é isso.

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 Nesse momento, segundo informações, você precisa de um trabalho de recuperação mais efetivo, fazendo uma terapia intensiva que não é barata e para isso foi lançada uma campanha nas redes sociais “Ajude B-Girl Branca”. Nos fale sobre essa campanha, quanto precisa levantar e como as pessoas podem ajudar?

Branca: Então, eu estou fazendo fisioterapias particulares, que custam R$ 120,00 a sessão. Hoje em dia, eu faço uma vez na semana. Porque lá eles fecham o pacote que é R$ 480,00 e pretendo fazer duas vezes na semana. Eu criei a “vakinha” para a galera ajudar a compartilhar e poder conseguir esse valor pedido na vaquinha virtual. Para que eu possa fechar um pacote indo pelo menos 2 vezes na semana. Fora o transporte, que eu tenho que pagar por fora, que é R$ 70,00. Na “vakinha” eu peço só a quantia da fisioterapia mesmo e no valor total de R$ 8.000,00. Toda quantia é bem-vinda no site da “vakinha”, a questão do transporte a gente tenta correr atrás!

 Que mensagem você deixaria para B-Boys, B-Girls ou dançarinos que estão lendo essa entrevista?

Branca: Quero que a minha história seja uma inspiração para todos os B-Boys e B-Girls. Acreditem sempre no potencial de vocês, nunca deixem nada desmotivar. Sempre curtam o momento, dancem mesmo e vivam as coisas mínimas com mais intensidade. Porque não sabemos o dia de amanhã! Um abraço da B-Girl Branca e me sigam nas minhas redes sociais, para motivar e inspirar vocês a cada dia.

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Se você deseja ajudar a B-Girl Branca, acesse:

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/vamos-ajudar-a-geisiane-para-fazer-as-fisioterapia?fbclid=IwAR1bjD0Ek-__YxWGFa1L6hDnd53hwI–a5Lh0LyFjKOHxMUq0__36wRBIds