Finalizada a 11ª rodada do Campeonato Brasileiro com as duas equipes gaúchas decepcionando em campo, é hora de virar a chave novamente e direcionar todas as forças e foco para a principal competição da América do Sul. Agora tudo é Libertadores! Agora tudo é Gre-Nal!
A vitória é decisiva para a sequência da temporada das equipes, o resultado positivo é o combustível necessário para que as coisas voltem a dar certo trazendo tranquilidade para as equipes trabalharem. Porém, apenas um time sairá vitorioso e ambas as torcidas já declararam: ganhar é obrigação! Portanto, a pressão joga dos dois lados.
O Grêmio enfrenta o seu pior momento sob o comando técnico do Renato Gaúcho, ainda que ele não admita. O técnico justifica essa crise pelo fato de ter muitos jogadores no departamento médico e não conseguir jogar com força máxima. Todavia, desde o retorno do futebol em meio a pandemia é notório que o rendimento do Grêmio caiu abruptamente apresentando um futebol pobre e insuficiente em comparação ao que vinha jogando e com o que se espera. Evidentemente que os números não mentem e refletem a fase delicada que o tricolor vem passando: dos últimos 10 jogos foram 3 derrotas, 5 empates e apenas 2 vitórias.
No Campeonato Brasileiro ocupa a 12ª posição diagnosticado com o quadro de “empatite”, visto que acumula empates e mais empates com o agravante de repetidas más atuações. Já na Libertadores soma 4 pontos e encontra – se no 2º lugar do Grupo E, tornando a vitória no clássico essencialmente importante para se distanciar das demais equipes e colar na liderança. E quem lidera o grupo é exatamente o seu rival Inter.
No lado vermelho, além de liderar o Grupo na Libertadores, figura também nas primeiras posições do Campeonato Brasileiro sendo considerado um dos postulantes na briga pelo título. No entanto, o elenco curto, como cita regularmente Eduardo Coudet, dispondo de poucas peças de reposição comprometem a constância e a regularidade que exige para ser líder e competir em duas frentes.
Sendo assim, o Colorado vem de oscilações tanto a nível de performance quanto de resultado, todavia, o que mais preocupa para o Gre-Nal é o fator psicológico, tendo em vista que o Inter amargura 9 clássicos sem êxito frente ao seu maior rival e tem se desestabilizado facilmente em campo especialmente no seu setor defensivo.
A verdade é que vencer um jogo do tamanho de um Gre-Nal é de suma importância e servirá como uma injeção de confiança e motivação para o time vencedor. Em caso de derrota, para o Inter, o jejum de vitórias em clássicos completará 10 jogos e a pressão em cima do trabalho de Coudet, assim como do grupo de jogadores crescerá na medida em que carregam uma marca negativa de não conseguir bater o Grêmio desde 2018.
Por sua vez, para o Grêmio, se sair derrotado do Beira – Rio o princípio de crise se perpetuará ameaçando sua classificação a próxima fase da Libertadores. Vale destacar que, após a Universidad Católica vencer o Grêmio, o grupo ficou embolado e tudo poderá acontecer.
A única certeza que temos é que vem aí um jogo repleto de mistério, rivalidade e história. O Inter motivado a encerrar o jejum de 9 clássicos sem vitórias e ainda podendo complicar o seu rival na competição. Já o Grêmio com a oportunidade de se reabilitar vencendo e defendendo a sua invencibilidade contra o Inter. Acompanhemos!
