Home Futebol Argentino acusado de racismo por Neymar desabafa após ser absolvido: “nunca serei racista”

Argentino acusado de racismo por Neymar desabafa após ser absolvido: “nunca serei racista”

Cerca de três semanas após ser acusado de injúria racial por Neymar e ter as redes sociais invadidas, o zagueiro argentino Álvaro González externou alívio por não ter sido suspenso de nenhum jogo do Campeonato Francês. Nesta quarta (30), o Comitê Disciplinar não puniu os jogadores por falta de provas.

Octávio Almeida Jr
Jornalista graduado pela Universidade da Amazônia (UNAMA), 31 anos. Repórter de campo pela Rádio Unama FM em duas finais de Campeonato Paraense (anos 2016 e 2017). Repórter no site Torcedores.com desde 2018.

Craque brasileiro discutiu com Álvaro González no clássico entre PSG e Olympique de Marseille

“Este pesadelo foi, parcialmente, recompensado com uma sentença mais que merecida. Nunca fui e nem serei uma pessoa racista”, twittou González.

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“Obrigado ao Olympique de Marseille pela confiança e fidelidade, também à nossa imensa torcida pelo carinho”, completou o argentino.

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Entenda o caso

PSG e Olympique de Marseille se enfrentaram no dia 13 de setembro. O jogo foi válido pela 3ª rodada do Campeonato Francês e terminou 1 a 0, gol marcado por Thauvin. Nos minutos finais, entretanto, uma confusão generalizada resultou em cinco expulsões.

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Neymar recebeu cartão vermelho após discutir com González. A expulsão foi aplicada ocorreu após consulta à arbitragem de vídeo (VAR). Nas redes sociais, o brasileiro desabafou.

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“VAR pegar a minha “agressão” é mole. Agora eu quero ver pegar a imagem do racista me chamando de “MONO HIJO DE P* (macaco filha da p*). Isso eu quero ver! E aí? Carretilha (drible no futebol) você me pune. Cascudo sou expulso. E eles? E aí? Único arrependimento que tenho é por não ter dado na cara desse babaca”, disparou.

A publicação de Neymar resultou numa invasão de internautas ao Instagram de González que bloqueou os comentários.

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Após o clássico francês, o Olympique não ganhou nenhum dos três jogos seguintes e o jogador foi criticado pelas atuações.

“Ele está abalado psicologicamente. Nós sabemos que ele recebeu ameaças de morte e isso não conseguimos controlar. Mas ele precisa saber que tem o apoio do clube, de todo o elenco e o meu”, defendeu o treinador do time, André Villas-Boas.

Jogadores prestam depoimento

No julgamento, Neymar e Álvaro González prestaram depoimento por videoconferência aos juízes. PSG e Olympique utilizaram imagens para defender os profissionais representados.

O time parisiense utilizou uma reportagem da TV Globo a fim de provar a ofensa racial. O Olympique, por sua vez, apresentou imagens de Neymar proferindo ofensas homofóbicas para responder González, além de um trecho em que o brasileiro, supostamente, comete xenofobia para com o japonês Hiroki Sakai, também atleta do clube.

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No fim das contas, o Comitê absolveu a dupla por falta de provas. “Após examinar o caso, ouvindo os jogadores e também os representantes dos clubes, a comissão nota que não há evidência suficiente que permita o estabelecimento da materialidade dos fatos de discriminação racial de Álvaro González contra Neymar, ou de Neymar contra Álvaro González. Consequentemente, a comissão decide que não há nenhuma punição”, diz a Liga Francesa, em nota oficial.

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