Home Futebol Argentino acusado de racismo por Neymar desabafa após ser absolvido: “nunca serei racista”

Argentino acusado de racismo por Neymar desabafa após ser absolvido: “nunca serei racista”

Craque brasileiro discutiu com Álvaro González no clássico entre PSG e Olympique de Marseille

Octávio Almeida Jr
Jornalista graduado pela Universidade da Amazônia (UNAMA), 29 anos. Repórter de campo pela Rádio Unama FM em duas finais de Campeonato Paraense (anos 2016 e 2017). Repórter no site Torcedores.com desde 2018.

Cerca de três semanas após ser acusado de injúria racial por Neymar e ter as redes sociais invadidas, o zagueiro argentino Álvaro González externou alívio por não ter sido suspenso de nenhum jogo do Campeonato Francês. Nesta quarta (30), o Comitê Disciplinar não puniu os jogadores por falta de provas.

“Este pesadelo foi, parcialmente, recompensado com uma sentença mais que merecida. Nunca fui e nem serei uma pessoa racista”, twittou González.

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“Obrigado ao Olympique de Marseille pela confiança e fidelidade, também à nossa imensa torcida pelo carinho”, completou o argentino.

Entenda o caso

PSG e Olympique de Marseille se enfrentaram no dia 13 de setembro. O jogo foi válido pela 3ª rodada do Campeonato Francês e terminou 1 a 0, gol marcado por Thauvin. Nos minutos finais, entretanto, uma confusão generalizada resultou em cinco expulsões.

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Neymar recebeu cartão vermelho após discutir com González. A expulsão foi aplicada ocorreu após consulta à arbitragem de vídeo (VAR). Nas redes sociais, o brasileiro desabafou.

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“VAR pegar a minha “agressão” é mole. Agora eu quero ver pegar a imagem do racista me chamando de “MONO HIJO DE P* (macaco filha da p*). Isso eu quero ver! E aí? Carretilha (drible no futebol) você me pune. Cascudo sou expulso. E eles? E aí? Único arrependimento que tenho é por não ter dado na cara desse babaca”, disparou.

A publicação de Neymar resultou numa invasão de internautas ao Instagram de González que bloqueou os comentários.

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Após o clássico francês, o Olympique não ganhou nenhum dos três jogos seguintes e o jogador foi criticado pelas atuações.

“Ele está abalado psicologicamente. Nós sabemos que ele recebeu ameaças de morte e isso não conseguimos controlar. Mas ele precisa saber que tem o apoio do clube, de todo o elenco e o meu”, defendeu o treinador do time, André Villas-Boas.

Jogadores prestam depoimento

No julgamento, Neymar e Álvaro González prestaram depoimento por videoconferência aos juízes. PSG e Olympique utilizaram imagens para defender os profissionais representados.

O time parisiense utilizou uma reportagem da TV Globo a fim de provar a ofensa racial. O Olympique, por sua vez, apresentou imagens de Neymar proferindo ofensas homofóbicas para responder González, além de um trecho em que o brasileiro, supostamente, comete xenofobia para com o japonês Hiroki Sakai, também atleta do clube.

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No fim das contas, o Comitê absolveu a dupla por falta de provas. “Após examinar o caso, ouvindo os jogadores e também os representantes dos clubes, a comissão nota que não há evidência suficiente que permita o estabelecimento da materialidade dos fatos de discriminação racial de Álvaro González contra Neymar, ou de Neymar contra Álvaro González. Consequentemente, a comissão decide que não há nenhuma punição”, diz a Liga Francesa, em nota oficial.

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