Home Futebol Em nota oficial, CBF esclarece polêmica do VAR no jogo Ceará x São Paulo

Em nota oficial, CBF esclarece polêmica do VAR no jogo Ceará x São Paulo

CBF revela que “comunicação paralela” com o árbitro central acabou prejudicando o contato com os responsáveis pelo VAR

Marcel Rauen
Jornalista esportivo formado na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Fã e praticante de esportes em geral, mas principalmente do futebol. No Torcedores desde 2015, escrevo basicamente sobre o dia a dia dos clubes brasileiros e sobre a mídia esportiva

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) divulgou uma nota oficial nesta quinta-feira (26) para tentar esclarecer a polêmica do VAR (árbitro de vídeo) no empate entre Ceará e São Paulo, por 1 a 1, na noite da última quarta, na Arena Castelão.

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Durante a partida, o atacante Pablo, do São Paulo, anotou o que seria o segundo gol da equipe paulista, mas estava em impedimento. O VAR revisou a jogada e validou o gol. Por isso, o árbitro de campo, Wagner do Nascimento Magalhães, apitou o reinício da partida. O Ceará deu a saída, mas segundos depois, Magalhães parou novamente o jogo e, sob orientação do VAR, anulou o gol.

De acordo com a CBF, uma comunicação paralela de Magalhães com o quarto árbitro prejudicou o contato com o VAR.

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Confira a nota da CBF na íntegra:

Após a análise dos áudios e imagens da cabine do VAR e dos fatos ocorridos na partida entre Ceará Sporting Club e São Paulo Futebol Clube, realizada nesta quarta-feira (25), pelo Campeonato Brasileiro da Série A, a Comissão Nacional de Arbitragem esclarece a cronologia dos acontecimentos que levaram à anulação de gol do São Paulo Futebol Clube:

1 – Importante registrar que, inicialmente, a arbitragem de campo, diante do lance concluído, marcou impedimento do atacante do São Paulo, invalidando o gol.

2 – Após a primeira checagem da jogada de ataque do São Paulo, o árbitro de vídeo informou tratar-se de lance legal, o que fez com que o árbitro central validasse o gol para a equipe visitante de forma factual, ou seja, sem necessidade de ir até a área de revisão.

3 – Constatado que haveria mais um lance a ser revisado, o árbitro de vídeo imediatamente iniciou este segundo procedimento de checagem, momento em que solicitou ao árbitro central que aguardasse o processo ser concluído para, aí sim, determinar o reinício da partida.

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4 – Acontece que uma comunicação paralela, mantida entre o árbitro central e o quarto árbitro, a respeito da aplicação de um cartão amarelo para um jogador do Ceará, prejudicou a comunicação que vinha sendo mantida entre o árbitro de campo e o VAR. E fez com que o árbitro central não ouvisse a solicitação da cabine do VAR e autorizasse o reinício da partida.

5 – Imediatamente o VAR alertou ao árbitro, que interrompeu a partida para que o procedimento de checagem, que já estava em curso antes do reinício, fosse concluído.

6 – Por fim, o VAR comunicou ao árbitro central que o lance que deu origem ao gol foi ilegal e que, portanto, deveria ser mantida a decisão inicial da arbitragem de campo, que invalidou o gol de forma correta.

Diante do ocorrido, a Comissão Nacional de Arbitragem facultou aos clubes envolvidos na partida a possibilidade de comparecerem à sede da Confederação Brasileira de Futebol para os esclarecimentos que se façam necessários.

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