Home Futebol Lisca não fecha portas para o Inter e questiona trabalho de Coudet: “Técnico bom sai e deixa o time organizado”

Lisca não fecha portas para o Inter e questiona trabalho de Coudet: “Técnico bom sai e deixa o time organizado”

Treinador Lisca, do América-MG, voltou a falar do Internacional em entrevista à imprensa gaúcha

Eduardo Caspary
Jornalista formado pela PUCRS em agosto de 2014. Dupla Gre-Nal.

Em entrevista na noite desta quinta-feira aos jornalistas gaúchos Ramiro Ruschel e Thiago Suman, Lisca, em alta no comando do América-MG, semifinalista da Copa do Brasil e 2° colocado da Série B, voltou a falar do Internacional. Selecionamos abaixo as suas principais aspas:

PUBLICIDADE

Trabalho nos três jogos finais de 2016:

“A verdade é que aqueles três jogos me prejudicaram muito internamente. Querendo ou não, acabei sendo o treinador a levar a marca do rebaixamento. Mas não me arrependo e faria de novo. Tenho uma família com passado ligado ao Inter e eu não dormiria se dissesse “não”. O presidente Fernando Carvalho é um grande amigo, me fez o convite e eu aceitei. O Odair era o auxiliar fixo, mas acabou sendo preservado até por causa daquele Gre-Nal de 5×0. Sabia que seria quase impossível e os seis, sete meses seguintes foram bem difíceis. Atrapalhou minha continuidade no clube”

Relação com a atual gestão do Inter e possível chance com a próxima:

“Acredito que fui para o fim da fila, embora eu me relacione muito bem com essa gestão. O Marcelo (Medeiros) é meu amigo de surfe. Surfávamos muito e ele era um monstro, mandava muito bem no surfe. O Alexandre Chaves Barcellos é meu primo de segundo grau e o Rodrigo Caetano foi meu colega. O relacionamento é bom, mas acabou que eu não tive essa chance. Nem no ano passado, quando buscaram o Zé Ricardo, nem agora, quando veio o Abel. Quem sabe com uma troca de gestão, de pensamento de futebol, possa haver esse pensamento no meu nome. A gente está preparado”

PUBLICIDADE

Questionamentos a Eduardo Coudet

“Caiu muito para o Abel essa culpa da queda. Abel, Abel, Abel… mas já vinha caindo com o Coudet antes dele sair. E, no futebol, o treinador bom é o que deixa o legado e o time pronto para seguir jogando bem mesmo sem ele. Eu acho que o Coudet viu que não conseguiria tirar mais nada e saiu. Treinador bom sai e deixa o time organizado. Não fica terra arrasada como ficou. Isso não é consistente. Por que esse desespero todo? O Inter era líder, estava nas quartas da Copa do Brasil e nas oitavas da Libertadores. Quer sair? Sai, mas deixa o time organizado. Não foi o que se viu no Beira-Rio”

Parte tática dos jogos entre América-MG x Inter

“O primeiro jogo nosso era o time do Coudet. Usava o Lindoso vindo fazer linha de três, coisa que eu não gosto e não acho nada de moderno. Muita bola longa, segunda bola. E quando sai da pressão, no caso o América-MG, existia fragilidade no lado oposto. Tanto que fizemos 1×0 e poderíamos ter matado o jogo várias vezes. Depois, no jogo da volta, o Abel deixou mais consistente. Mudou o meio com Dourado, Lindoso, Edenilson e D’Alessandro. Mas a gente sabia que eles teriam poucas combinações de lado. Os laterais eram habituados a chegar e cruzar. Fizemos boa gestão da área na bola aérea com o Messias e o Anderson. Foi um merecimento grande do América-MG, controlou nos dois jogos. O Inter teve o mérito da raça, mas achou o gol”

LEIA MAIS:

PUBLICIDADE

Matheus Henrique cita brincadeiras com meia do Inter e diz que Kannemann é quem mais cobra: “Ele se transforma”

Presidente do Inter aponta erro do juiz no último Gre-Nal e minimiza jejum no clássico: “Estamos na frente desde 1945”

Siga o autor:

No YouTube

PUBLICIDADE

No Instagram