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Saiba como cada cidade com franquia da NFL votou

Com a vitória democrata de Joe Biden, as cidades com franquias da NFL tiveram um grande peso. Saiba como cada uma votou

Igor Mello
Colaborador do Torcedores

Nas últimas duas semanas ficou muito em evidencia o tema das eleições americanas na mídia em todo mundo. Entretanto somente na última quinta-feira (12 de novembro) foi confirmado os vitoriosos dos Estados faltantes. Dessa forma, como já sabido, Joe Biden, o candidato democrata foi eleito como 47º presidente dos EUA. Por outro lado, o atual presidente Donald Trump ainda não admitiu a derrota gerando insegurança e incertezar na transição do poder.

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O esporte teve um papel muito forte nas eleições. Não somente a NFL, como a NBA também desempenharam um papel de apelo ao voto. No âmbito do futebol americano, a NFLPA (associação de atletas da NFL) exerceu uma grande força para que a liga tornasse mais ativa. Dessa forma, foi possível ver comercial de atletas incentivando o voto, o uso de uniforme, mascaras e chuteiras com a logo “VOTE”. Assim como a mesma inscrição no gramado durante os jogos.

Além disso, diversas franquias transformaram seus estádios em locais de votação. O Detroit Lions foi o primeiro time no país a dedicar seu estádio, membros de staff e outros recursos para o dia de votação. Além do Lions, os Seahawks, Packers, Falcons, 49ers e tantos outros  também dedicaram seu espaço e esforço para tal.

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Como votaram as cidades

Do ponto de vista analítico 97% das cidades que contém franquias da NFL votaram no Joe Biden. Ou seja, 29 das 30 cidades que possuem uma franquia da NFL escolheram o candidato democrata. Vale destacar que Nova York e Los Angeles comportam 2 franquias cada.

Dessa forma, somente uma cidade escolheu Trump como seu representante. Tal cidade é Green Bay, casa dos Packers. Entretanto a disputa em Green Bay foi apertada, com o republicano saindo vencedor com 52,7% dos votos contra 45,5% de Joe Biden.

Seguindo essa toada, mas com a balança pendendo para o lado democrata, cidades anteriormete republicanas escolheram o democrata como seu candidato. Phoenix, Jacksonville, Buffalo e Tampa obtiveram resultados apertados semelhante ao de Green Bay. Desse modo, destaca-se a cidade de Phoenix no Arizona, onde Biden venceu com 50,2% dos votos, além de vencer o Estado do Arizona, historicamente republicano.

Por outro lado, foi possível observar locais com diferenças muito grandes. Por exemplo em Washington DC Biden teve 93,3% dos votos. Em San Francisco, Denver, Philladelfia, Nova York, Baltimore e New Orleans o candidato democrata atingiu mais de 80% dos votos.

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Além disso, no pleito de 2020 foi possível observar a força das grandes cidades no reflexo dos seus Estados. Locais como Atlanta (72,6% democrata) e Minneapolis (70,6% democrata) foram capazes de decidir seu Estado. Da mesma forma que Estados onde se esperava uma força de Trump muito grande, as grandes cidades tiveram um impacto, quase virando a eleição para o democrata. Nesse cenário, o maior destaque fica para as duas cidades do Texas, Dallas e Houston, onde Biden atingiu mais de 55% dos votos, acirrando a disputa no Texas.

Entendendo melhor a eleição

Sendo assim, buscando um maior entendimento da eleição norte-americana e do impacto das grandes cidades na eleição falamos com o especialista em Relações Internacionais, Mateus Tabach, formado pela PUC-Rj.

Questionado sobre a mobilização dos norte-americanos na eleição Mateus afirmou:

“A péssima gestão da pandemia somada ao contexto de protestos contra a violência policial e a posição polarizante de Trump quanto ao movimento Black Lives Matter foram o suficiente para motivar o povo estadunidense a ir às urnas. Resultando no maior número de votos da história do país.”

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Quando perguntado sobre o impacto das grandes cidades, que refletem em sua maioria as franquias da NFL, Mateus Tabach colocou:

“O impacto desse fenômeno ficou muito claro nas maiores cidades. O sistema de colégio eleitoral permite que os esses grandes centros praticamente decidam estados inteiros.Maricopa County, onde fica Phoenix, representa mais de 60% do estado do Arizona, e esse tipo de distribuição demográfica foi fundamental para a vitória de Biden.”

Ainda sobre cidades e contatos que possuem times na liga profissional de futebol americano, ele destacou a importância de Atlanta, Philladelphia e Pittsburgh na vitória democrata:

“Atlanta, teve enorme impacto na primeira vitória democrata na Georgia em 28 anos, Philadelphia e Pittsburgh tiveram um papel incontestável na virada da Pensilvânia, assim como Phoenix manteve a liderança de Biden no Arizona. No Texas, com vitórias em Dallas, Houston e San Antônio, Biden apertou a corrida que parecia decidida.”

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Sobre a importancia dos grandes centros, ficou destacado:

” Garantir os grandes centros é essencial. Apenas Green Bay teve vitória de Trump, que tem grande parte do seu eleitorado situado nos subúrbios e áreas rurais.”

O resultado final e as próximas eleições

Sobre o tópico, Mateus adicionou:

“É curioso que, apesar da vitória de Biden, o Senado e o Congresso tiveram resultados menos expressivos para os Democratas, apontando mais para um “antitrumpismo” do que a tal “onda azul”. Para as próximas eleições é interessante manter em mente 2 coisas, se o número de votos foi o sinal de uma nova tendência ou uma anomalia gerada pelo contexto de pandemia, e se há de fato uma “onda azul” em curso. De qualquer forma, ambas a perguntas provavelmente serão respondidas através dos grandes centros.”

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