Home Futebol Filho do ex-jogador Pimentel, Eric avalia temporada na base do Vasco e projeta estreia nos profissionais com Luxemburgo em 2021

Filho do ex-jogador Pimentel, Eric avalia temporada na base do Vasco e projeta estreia nos profissionais com Luxemburgo em 2021

Eric Pimentel tem contrato com o Vasco até junho de 2023

Wilson Pimentel
Jornalista esportivo desde 1998. Cobriu os principais eventos esportivos da última década. Passou pelas redações do SBT, Record TV, CNT, Esporte Interativo, Rádio Tupi, Rádio Brasil e Rádio Manchete. É correspondente de veículos de comunicação da Colômbia, Croácia, Paraguai e Portugal. Está no Torcedores.com desde 2019.

Grande promessa das divisões de base, Eric Pimentel está na mira do técnico Vanderlei Luxemburgo para reforçar o elenco profissional do Vasco em 2021. Aos 18 anos, ele é um zagueiro que é visto no clube como futuro dono da defesa vascaína.

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https://twitter.com/_ericpimentel/status/1345906079029469184?s=20

Após o fim do Campeonato Brasileiro, é possível que a joia alterne treinos entre profissionais e base. Afinal, Luxemburgo sabe que a equipe Sub-20 tem condições de entregar bons jogadores para compor o elenco no próximo Campeonato Carioca.

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Filho do ex-jogador Pimentel, lateral-direito que conquistou o Tricampeonato Estadual para Vasco em 1992, 1993 e 1994, falou ao Torcedores.com com exclusividade sobre seu desempenho na temporada e os títulos que conquistou pelo Vasco.

“Foi uma temporada de muito aprendizado. Eu amadureci no ano passado, e consegui alcançar resultados que foram revertidos em títulos. Estou sempre buscando meios para evoluir mentalmente, fisicamente e taticamente. Estou trabalhando todos esses quesitos para sempre jogar em alto nível”, revelou Eric Pimentel.

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Titular na equipe sub-17 e sub-20, Eric tem como maior incentivador o seu pai Pimentel, que teve passagem destacada pelo Flamengo, além de ter defendido os outros grandes clubes do futebol brasileiro: Palmeiras e São Paulo.

A fim de repetir os passos do pai antes de chegar nos profissionais, Eric diz sempre contar com os conselhos de Pimentel, antes e depois dos jogos. Afinal, o ex-lateral-direito sempre encontra uma forma de orientar o defensor a buscar o seu melhor.

“Meu pai e eu temos uma ótima relação. Ele nunca me forçou a jogar bola e me deixou tranquilo para seguir o que eu realmente queria. Além disso, sempre me apoiou quando comecei a demonstrar meu amor pelo futebol. Ele é muito tranquilo, conversa sempre quando erro, mas nunca de um jeito ofensivo e quando acerto ele fala apenas o básico”, disse Eric Pimentel, antes de prosseguir:

“Ele vai em todos os meus jogos quando pode, e quando acaba, me leva para casa. Sempre rola a resenha pós-jogo. Ali acostumamos comentar tudo que o aconteceu. A vantagem de ter um pai que já jogou, é pelo fato dele já ter vivido o que estou vivendo, então sempre que pode ele conversar comigo e conta suas experiências. E ao contrário do que muitos pensam, eu cheguei no Vasco jogando por uma escolinha, me viram jogar e me chamaram para um período de teste junto ao grupo e não por causa do meu pai”, explicou.

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Em meio a todos os desafios impostos em 2020, o zagueiro integrou o elenco sub-20 em duas conquistas importantes para a base do Vasco: o Campeonato Carioca e Copa do Brasil. No radar da CBF, ele está sendo observado pela comissão técnica da seleção brasileira da categoria.

O técnico André Jardine acompanhou de perto o desempenho de alguns jogadores nas competições nacionais realizadas no ano passado. O treinador, inclusive, não descarta a possibilidade formar um grupo com atletas que atuem no futebol brasileiro para defender o país no Campeonato Sul-Americano sub-20.

Confira outros trechos da entrevista do zagueiro Eric Pimentel, do sub-20 do Vasco:

Para o torcedor que ainda não te viu jogar, fale um pouco sobre as características do Eric Pimentel em campo?

“Quando entro em campo, eu coloco na minha cabeça que tenho que dar mais que meus 100% sempre, eu me entrego. Busco sempre pelo equilíbrio da minha vontade e técnica, acho que o quanto mais eu conseguir conciliar as duas coisas será melhor para mim como jogador. Gosto muito de incentivar meus companheiros de equipe e conversar muito. A liderança é algo que eu tenho e me orgulho muito por todas as vezes em que fui o capitão da equipe”.

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Desde o sub-15, você tem atuado como zagueiro. Qual foi o jogador que o inspirou a escolher essa função em campo?

“Eu sempre quis ser volante, mas quando ainda jogava por uma escolinha teve um jogo que eu tive que jogar na zaga. Após essa experiência, não larguei mais a posição e decidi seguir como zagueiro. Além disso, me identifico e gosto muito da posição. Hoje tenho algumas inspirações como o Van Dijk, Sérgio Ramos e do Dedé no auge”.

Você ainda está com 18 anos e longo caminho para percorrer, mas a fama das divisões de base do Vasco é grande. Como é lidar com essa expectativa?

“É sempre bom ver que os torcedores gostam de você. Vejo os comentários e fico feliz pelo reconhecimento. Por isso, vou continuar treinando e melhorando a cada dia. Afinal, quero estar o mais pronto possível para corresponder às expectativas quando a oportunidade surgir”.

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Em 2020, você teve atuações destacadas na base e passou a ser convocado para treinar com os profissionais. Como foi a primeira experiência entre os principais jogadores do elenco?

“É uma experiência incrível. Eu pude ver um pouco como era o clima, a intensidade e gostei muito. Foi um incentivo a mais para buscar estar ali outras vezes e me manter”.

Seu pai integrou uma das gerações mais vitoriosas do Vasco que rendeu o título da Copa São Paulo de 1992. Como você lida com as cobranças que são feitas internamente?

“As cobranças existem e a pressão também. É inevitável, mas eu que decido como vou lidar com elas. Eu já entendo que é um fardo que vou ter que carregar para o resto da vida. Por isso, me preparo emocionalmente para construir minha carreira independemente das comparações com o meu pai”.

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