Home Futebol Nuno Espírito Santo acredita que uma nova paralisação do futebol irá mudar os rumos do esporte

Nuno Espírito Santo acredita que uma nova paralisação do futebol irá mudar os rumos do esporte

O treinador do Wolverhampton deu declarações que se a Premier League e o futebol europeu sofrerem uma nova paralisação irá ocorrer a criação de uma Super Liga Europeia

Igor Mello
Colaborador do Torcedores

Nuno Espírito Santo teme que a Premier League nunca se recupere caso ocorra uma segunda paralisação. Além disso, o técnico acredita que os maiores clubes poderia aproveitar essa oportunidade para criar uma Super Liga da Europa.

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A declaração do treinador dos Wolves veio após um aumento alarmante do número de positivos para a COVID-19 na Premier League.  Este aumento de casos ocasionou em um grande número de adiamento de partidas e remarcações, sendo a última o jogo entre Aston Villa e Tottenham que ocorria no Villa Park.

Além de Nuno, Carlo Ancelotti treinador do Everton também acredita que o futebol não deva parar. Os dois se enfrentam nesta terça-feira (12/01).  Ambos acreditam que com uma nova paralisação os clubes mais ricos iriam buscar capitalizar em cima da situação e colocar em prática seus planos. Liverpool e Manchester United estavam conversando sobre a criação de um Premier League Europeia no mês de outubro. Enquanto isso, teve também a tentativa de aprovação do Projeto Big Picture, que previa a diminuição para 18 dos participantes da Premier League entre uma de suas medidas.

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O treinador do Wolverhampton , Nuno Espiríto Santo, afirmou:

“Se nos pararmos tudo irá mudar. Um novo futebol irá surgir, provavelmente na forma de uma Super Liga e com outras competições. Será um assunto sobre quais clubes irão sobreviver. É uma decisão difícil de se tomar. Eu não sei o que é melhor. O que eu tenho medo é que se a decisão for de parar, o futebol como conhecemos não será o mesmo. Esse é o meu maior medo. A tabela irá ficar uma loucura e será impossível terminar a ligar e pensar nas Euros.”

E complementou seu raciocínio:

“Nós não podemos ir para frente retornando para uma situação de normalidade. Este vírus e esta pandemia está afetando todos nós. O aumento de casos é assustador. Essa é minha maior preocupação. As coisas mudaram – a um ano atrás estávamos parando pois não sabíamos o que estava acontecendo. Era algo que não tínhamos experienciado. Se tinha muitas dúvidas. Depois do recomeço, todos estão fazendo um grande esforço. Se tem os protocolos, as reuniões, coisas mudaram, tínhamos certeza que jogaríamos porque só precisávamos de 14 jogadores.”

Sobre o novo cenário, Nuno conclui:

“Agora que as coisas mudaram nós estamos em parar de novo. Se você têm uma crise, somente o mais forte irá sobreviver – e o resto? Minha visão pessoal é que eu tenho uma consciência  que com o que está acontecendo, você não encontrará o mesmo modelo novamente.”

Steve Bruce, treinador do Newcastle, afirmou que seria moralmente errado o futebol continuar com o aumento expressivo no número de casos e mortes. Já Carlo Ancelotti discorda. “Eu entendo o que Steve está falando, mas futebol pode ser uma boa distração para as pessoas em um período em que devem ficar em casa e assistir TV,” afirmou o técnico do Everton, que não teria problemas com o banimento de comemorações dos gols por parte da liga.

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Além disso, Ancelotti afirmou:

“Não têm nenhuma regra que afirme que você não pode comemorar. Nos estamos seguindo a risca as regras que a Premier League colocou para esta temporada. Protocolos rígidos e seguidos e se a liga afirmar que você não deve comemorar, não abraçar, então nós não iremos comemorar”

E finalizou:

“Nós usamos máscaras no vestiário, tentamos manter o distanciamento, entre outras. Seguimos a risca todos os protocolos possíveis. Não será um grande problema se você afirmar que não podemos comemorar quando marcamos um gol. Nós nos adaptamos a tudo. Agora, nós treinadores não comemoramos depois de um gol. Se você olhar agora não tem técnicos que comemorem porque você tem que esperar a checagem do VAR. Então as comemorações para os treinadores acabaram e isso pode ser feito para os atletas”