Abel Ferreira alfineta críticos: “Temos que seguir contra tudo e contra todos”
Abel Ferreira reforçou que, pelo que foi apresentado nos jogos do Mundial de Clubes, a equipe Alviverde ainda tem aspectos para melhorar
Cesar Greco/Ag. Palmeiras
O técnico Abel Ferreira falou após a vitória por 3 a 0 sobre o Fortaleza, pela rodada do Campeonato Brasileiro, no primeiro jogo após a campanha que rendeu ao clube o quarto lugar no Mundial de Clubes da Fifa. O português analisou o trabalho que está sendo realizado no Palmeiras e não perdeu a oportunidade de alfinetar alguns críticos.
“Quando dei minha entrevista de apresentação, para os mais distraídos, ou para aqueles que não têm a capacidade de ler entrelinhas, fui muito claro. Pra mim, o futebol é simples, a regra é igual pra todos. Pra mim, o segredo de um campeão é ter a capacidade de ser hoje a capa do jornal e amanhã a contracapa, sendo criticado, e ter a capacidade de saber o que queres, onde queres chegar e o caminho que tens que percorrer”, afirmou Abel, que falou sobre a disputa do Mundial.
“Temos muito para aprender, o Mundial foi a prova disso. Jogamos com as melhores equipes do mundo e percebemos que temos aspectos para melhorar. É isso que vamos fazer, aprender com esses jogos e fazer o nosso melhor. Logicamente, o lado mental é uma parte que eu gosto, e nos faz ser cada vez mais fortes. E num país como este, todos temos que perceber que só dependemos do nosso trabalho. Vivemos de resultados, e nós, felizmente, temos conseguido em pouco tempo apresentar resultado, valorizar o clube e nossos jogadores. Temos que seguir firmes e fortes, contra tudo e contra todos, contra elogios ou críticas. Esse é o Palmeiras. O que eu gosto é dar alegrias a família palmeirense, viver e desfrutar com meus jogadores porque é para eles que eu dedico todo meu tempo. É para eles que trabalhamos”, acrescentou.
Ao ser questionado sobre a forma de jogar do clube, que enfrentou o Fortaleza com três zagueiros e dando mais liberdade para o Marcos Rocha, Abel analisou. “Há muitas formas de cozinhar o bacalhau, mas o bacalhau tá lá sempre. Às vezes, damos largura com o lateral, com o ponta, outras vezes usamos o ponta por dentro. Foi com isso que chegamos onde estamos. Foi essa troca constante, quer da forma de dar largura ou de dar profundidade, que, em momentos, conseguimos jogar bem e, em momentos, jogar mal, mas isso faz parte”.
“Quando me colocam dúvidas, é quando eu tenho mais certeza da minha forma de trabalhar. Se sabes o que queres, é isso que tens que fazer. Hoje demos mais liberdade ao Rocha e deixamos o Renan na lateral esquerda, e colocamos jogadores nas entrelinhas, como o Lucas Lima e o Scarpa, que hoje estavam inspirados. Isso que queremos, dar liberdade, responsabilidade e organização, que falta um pouco no futebol brasileiro. O futebol sem organização passa a ser um jogo selvagem, e eu não gosto de um jogo selvagem”, completou.
LEIA MAIS:
Abel Ferreira nega negociação do Palmeiras por Diego Costa e vê o clube sendo ‘usado’ por agentes

