Home Futebol Casagrande critica Neymar, Gabigol e Arthur por descaso na pandemia e cita Copa de 2002: “Tínhamos homens representando o Brasil”

Casagrande critica Neymar, Gabigol e Arthur por descaso na pandemia e cita Copa de 2002: “Tínhamos homens representando o Brasil”

Comentarista criticou a postura dos ídolos do futebol com a situação do Brasil, que vive o pior momento da pandemia

Rogério Araujo
Jornalista formado pelo Centro Universitário de Brasília - UNICEUB. Colaborador do Torcedores desde 2017. Dono do canal Séries e Filmes no Instagram.

O comentarista do Grupo Globo, Walter Casagrande, criticou as atitudes dos jogadores brasileiros em relação à gravidade da pandemia no Brasil.

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Casagrande começou elogiando alguns jogadores, citando o atacante Richarlison, do Everton, que usou sua voz contra o racismo, fez doação de cilindro de oxigênio para Manaus e deu visibilidade ao apagão do Amapá. Em seguida, ele fez duras críticas a Neymar, que prefere, segundo ele, “comentar BBB”.

“E temos o time daqueles que não estão nem aí, vivem do deboche, do descaso. Como titular absoluto temos o Neymar, que prefere comentar reality show ou ficar falando de quem namora ou não namora, enquanto no Brasil estão morrendo quase 4.000 pessoas a cada 24h. Dali não sai nenhuma palavra de conforto, de empatia ou de solidariedade para ninguém. E só para avisá-lo que o povo brasileiro já está no paredão faz um ano e a maioria é eliminado da vida”, escreveu Casagrande em seu blog no site GE.

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O ex-jogador ainda citou o atacante Gabigol, do Flamengo, que foi detido em um cassino ilegal com aglomeração, e o volante Arthur, da Juventus, que foi flagrado nesta semana em uma festa com várias pessoas em uma casa de outro jogador do clube italiano, descumprindo as medidas do governo italiano para conter a pandemia.

“Mais um péssimo exemplo dado por um jogador brasileiro, sendo que no sábado jogam Juventus e Torino, o grande Dérbi da cidade. Para o Arthur ficou claro que a festa é mais importante que um jogo, que cumprir com a lei, que ter consideração a tudo que está acontecendo no Brasil”, completou.

Casão ainda citou o cai-cai de Neymar em 2018 na Copa do Mundo da Rússia.

“Esses tipos de comportamento me deixam descrente com a vitória do Brasil numa Copa tão cedo. Em 2018, na Rússia, a maior preocupação antes da estreia não era com a Suíça, e sim com o corte do cabelo e com qual cor pintar. O resultado nós vimos: pouco futebol e muitas roladas pelo chão que fizeram a camisa amarela número 10 da seleção brasileira virar chacota mundial“, criticou ele.

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“Nunca vi e nem esperava tanta alienação e ostentação dos jogadores brasileiros, o comportamento desses caras envergonha o Brasil e o futebol brasileiro. Esperar o que da Copa de 2022?”, escreveu o comentarista.

“Eu sinceramente não confio na maioria desses jogadores para vencermos a Copa, que fará 20 anos da última conquista – o pentacampeonato em 2002. Mas a história era outra, tínhamos homens representando o Brasil, e não celebridades”, conclui ele.

Casagrande está em isolamento em casa após testar positivo para Covid-19.

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