Home Vôlei É campeão! Itambé/Minas conquista a Superliga Feminina de Vôlei

É campeão! Itambé/Minas conquista a Superliga Feminina de Vôlei

Em um clássico com emoção e altos e baixos das duas equipes, prevaleceu o favoritismo minastenista

Thiago Chaguri
Apaixonado por esporte desde criança, acompanho diversas modalidades por acreditar na magia e nas boas histórias que seus protagonistas e torcedores proporcionam. Além do entretenimento, admiro também as pluralidades táticas e estratégicas.

O Itambé/Minas é o campeão da Superliga Banco do Brasil de Vôlei de 2020/2021. A equipe de Belo Horizonte venceu o clássico mineiro contra o Dentil/Praia Clube por 3 sets a 2, com parciais de 25/17, 12/25, 13/25, 25/18 e 15/11. A reta final da competição foi disputada no Centro de Treinamento do CDV (Centro de Desenvolvimento do Vôlei), em Saquarema (RJ), que sediará também as finais do masculino a partir desta quarta-feira (07).

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Com esta conquista, o Minas alcança seu quarto título nacional. Único a participar em todos os anos da Superliga desde o surgimento na temporada 1994/1995, faturou a competição em 2001/2002 contra o Osasco e, a exemplo desta edição, levantou a taça contra o Praia Clube também em 2018/2019. O campeonato anteriormente era denominado Liga Nacional e o clube da capital mineira triunfou na temporada de 1992/1993.

Pela temporada 2020/2021, as duas equipes disputaram as finais do Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Superliga. O time minastenista levou a melhor nas três decisões e ampliou a superioridade ao rival na história recente. Além dos títulos, foram oito vitórias nos últimos nove confrontos.

Destaques para a levantadora Macris, que faturou o Troféu VivaVôlei de melhor jogadora não só da partida, como também da série final. A ponteira americana Megan Easy teve grande exibição, com 24 pontos. Menção também para a ponteira Pri Daroit, que guardou 13 e para a central Thaisa, contribuindo com 12. Pelo Praia Clube, a oposta Brayelin Martinez novamente se destacou ao anotar 22. A ponteira Fernanda Garay foi outro bom nome da partida, com 18, além da boa atuação da levantadora Claudinha.

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Primeiro set

O Minas iniciou com muito apetite, apresentando forte volume no ataque, bloqueio presente e o sistema defensivo colocando bolas difíceis em jogo. A levantadora Macris distribuiu com qualidade e contou com a inspiração de suas atacantes para construir vantagem. O Praia estava muito bem marcado e com dificuldade de virar as bolas, esbarrando no forte bloqueio do rival.

O Minas abriu 15 a 6 e o técnico Paulo Coco do Praia surpreendeu, substituindo a levantadora Claudinha por Rosane para tentar dar uma sacudida na apatia da equipe. O Minas baixou a intensidade, mas nada que comprometesse a vitória no set por 25/17. O Praia entregou dez pontos ao adversário, sendo seis deles em erros de saque.

Macris, muito bem em suas variações e a ponteira Megan Easy, com seis pontos, se destacaram pelo time da capital mineira. A oposta Brayelin Martinez fez quatro pontos pelo lado praiano.

Segundo set

Neste set, o Praia mudou a postura. Claudinha voltou bem e teve mais o passe na mão, conseguindo colocar suas atacantes em boas condições. No 7 a 5 para o Minas houve um rali eletrizante de 39 segundos, denotando o equilíbrio no início da parcial. Macris e Megan Easy continuavam ditando o ritmo. A ponteira chegou a anotar cinco dos 12 primeiros pontos da equipe.

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Porém, a partir do empate parcial em 12 a 12, inverteu-se os papéis do primeiro set. Agora, quem deu as cartas foi o Praia, capitaneado por Claudinha. Impondo uma sequência impressionante, o time praiano atropelou o rival e anotou impressionantes 12 pontos consecutivos com a ponteira Michelle Pavão no serviço. Totalmente entregue, definhando no passe e no ataque, a equipe do Minas perdeu a concentração, fez apenas mais um ponto na parcial e o time de Uberlândia fechou em 25/13.

Claudinha mostrou categoria e, como de costume, Brayelin Martinez puxou a pontuação, com seis pontos. A oposta teve as companhias da central Walewska e da ponteira Fernanda Garay, que anotaram cinco e quatro pontos respectivamente.

Terceiro set

Set diferente, desempenhos iguais. Mantendo a intensidade do segundo, o Praia continuou sufocando com seu alto volume de jogo e abriu 8 a 1. Impetuoso, disparou ainda mais no placar, pulverizando qualquer chance de reação adversária ao abrir 13 pontos de frente. O Minas repetiu a péssima atuação do segundo set e do primeiro jogo da série.  A equipe não conseguia finalizar seus ataques devido a bela atuação defensiva do Praia e sofreu com a instabilidade psicológica e a falta de respostas táticas.

Mantendo o alto nível, a dominicana Martinez despejou sete pontos. As ponteiras Fernanda Garay e Michelle Pavão contribuíram bem defensivamente, além de anotarem mais quatro pontos cada, ajudando o time do triângulo mineiro ganhar a parcial por 25/12.

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Quarto set

Nicola Negro, técnico italiano do Minas, substituiu a oposta Dani Cuttino por Camila Mesquita, que havia entrado no terceiro set e feito três pontos. O time voltou melhor taticamente e finalmente o equilíbrio esperado para o jogo aconteceu. As equipes mostraram alto nível e se alternaram na liderança do placar.

Cuttino voltou ao jogo e bloqueou em momento importante. O Praia se desestabilizou e cometeu erros na reta final do set. Aproveitando-se da situação, o Minas cresceu na hora certa e, após o 17 a 17, imprimiu um forte ritmo no ataque, levando a partida para set de desempate ao faturar a parcial por 25/18.

Chamou a atenção a alta produção do ataque do Minas, anotando 19 pontos. Macris voltou a jogar bem e impulsionou a atuação das atacantes que, além dos sete pontos da central Thaisa, contou com mais 11 pontos de suas ponteiras, distribuídos em seis para Megan Easy e cinco para Pri Daroit.

Tie-break

Para iniciar com ainda mais emoção, as equipes proporcionaram um belo rali de 32 segundos, finalizado em um bloqueio de Megan Easy. Inicialmente parelho, o Minas disparou e se impôs diante do rival, abrindo 12 a 6. O bloqueio teve papel fundamental na construção da vantagem. O Praia ensaiou uma reação, diminuiu a diferença para três pontos, mas já era tarde. Não conseguiu repetir o grande desempenho do segundo e terceiro sets e sucumbiu diante da força da melhor equipe da competição, que venceu o set por 15/11 e conquistou merecidamente a Superliga.

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Campanha

Alcançando impressionantes 21 vitórias e uma derrota, o Minas foi o líder disparado da fase classificatória. Venceu 63 sets e perdeu apenas nove. Somando os jogos da temporada anterior (2018/2019) com a atual edição, incluindo os playoffs, são incríveis 53 vitórias em 57 partidas.

Eliminou o Brasília nas quartas-de-final em duas partidas com um duplo 3 a 0. Na semifinal, enfrentou dificuldades para vencer o Bauru por 3 a 1 e 3 a 2. Irreconhecível, perdeu a primeira contra o Praia Clube. Após a derrota, engatou duas vitórias e fechou a série melhor de três jogos por 1 a 3, 3 a 1 e 3 a 2, conseguindo a reviravolta que culminou no título.

 

 

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