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Ramírez, do Bahia, tem inquérito de racismo arquivado por juiz

Ramírez está livre da acusação de injúria racial contra o meia Gerson, do Flamengo. O caso estava sendo investigado desde dezembro de 2020

Fabrício Carvalho
Jornalista formado / Rio de Janeiro. Redator de notícias, artigos e relatos sobre futebol nacional e internacional

Nesta sexta-feira (9), o juiz Marcel Laguna Duque Estrada, da 36ª Vara Criminal, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, determinou o arquivamento do inquérito envolvendo Ramírez, meia do Bahia, acusado de injúria racial contra Gerson, jogador do Flamengo.

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Este caso estava sendo investigado na  Delegacia Especial para Discriminação Racial e o arquivamento ocorreu após um pedido do Ministério Público depois da análise das provas produzidas no inquérito, segundo o promotor de justiça Alexandre Themístocles.

O caso aconteceu durante o Brasileirão 2020 em dezembro do ano passado. Na ocasião, o jogador rubro-negro acusou o colombiano do Bahia de ter falado a expressão “cala a boca, negro” durante uma discussão dentro de campo.

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Na época, o jogador Ramírez negou ter chamado o jogador de negro e disse que proferiu as palavras “juega rapido hermano”. No inquérito, o promotor afirma que companheiros de equipe do meia Gerson (Bruno Henrique e Natan, ambos do Flamengo) afirmaram não terem ouvido nenhuma ofensa racista.

Além disso, o ex-técnico do Bahia, Mano Menezes, e a equipe de arbitragem também negaram ter escutado qualquer tipo de ofensa racista durante aquele jogo.

Por fim, o promotor também cita a perícia oficial do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, afirmando que não houve qualquer ocorrência de agressão verbal notada por Gerson. “A prova técnica degrava trecho  de entrevista e diálogos entre o atleta Gerson e o treinador Luiz Antonio Venker Menezes”, afirmou Themístocles.

No dia 11 de fevereiro deste ano, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) já havia arquivado inquérito instaurado poucos dias depois do ocorrido em dezembro de 2020. Com isso, Ramirez está livre de qualquer jugalmento.

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Trecho da nota de arquivamento no TJRJ

“O crime de racismo é transeunte, ou seja, não deixa vestígios. Por isso, a palavra do ofendido é de grande relevância. Entretanto, no caso em tela, a afirmação do jogador Gerson é completamente dissociada do conjunto probatório.”

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