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CRÔNICA: O City perde em dobro na final da Champions

Nem todas as grandes histórias, como a de Aguero, terminam em um final feliz

Lucas Silva
Jornalista | Fundador e editor-chefe do Saida Falsa | ADM no Athletic Club Brasil. Apaixonado pelo futebol americano desde 2008, sofro semanalmente com Corinthians, New Orleans Saints, Miami Heat e Edmonton Oilers.

Ao soar do último apito no “relvado” do Estádio do Dragão, em Porto, estava confirmada a derrota do Manchester City na final da Champions League.

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Em sua primeira final em mais de 120 anos de história, o time acabou perdendo por 1×0 para o Chelsea.

No entanto, pior que o vice-campeonato, o City ainda viu pela última vez, Sergio Aguero em seu uniforme. A princípio, o argentino de 32 anos não renovará com a equipe que defendeu nos últimos dez anos de carreira.

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Os rumores, sobretudo, é de que “Kun” jogará ao lado de Lionel Messi no Barcelona, na próxima temporada. Pelo menos, é o que Guardiola disse.

Apesar de acabar caindo inúmeras vezes na Champions League com o City, os torcedores da equipe nunca deixaram de valorizar a importância de Aguero para o time.

Aguero é o maior jogador da história do Manchester City

Desde que chegou no lado azul de Manchester em 2011, Aguero saiu do banco para começar a dar alegrias aos torcedores do City.

Ao passo em que, é dos pés de Aguero, que o torcedor do City viveu o maior momento de sua história:

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O gol no último minuto contra o Queens Park Rangers em 2012 deu a primeira de cinco taças da Premier League. E em todas, Sergio Aguero foi crucial.

A partir daí, os Citizens participou de todas as dez edições da Champions League, entre 2011 e 2021. Contudo, colecionou derrotas amargas.

No entanto, jogador e clube andavam lado a lado, colecionando recordes e títulos. Inclusive, foi durante o primeiro ano de Pep Guardiola que Sergio Aguero se tornou o maior artilheiro do clube.

E mesmo assim, nesse meio tempo, faltava algo, tanto para o City quanto para Aguero: a taça da Champions League.

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A última chance

Os caminhos da atual temporada mostravam ser diferentes. Enquanto na Premier League, cinco times do Big Six seguiam inconstantes, o City tomava a liderança de braçadas.

Todavia, a Liga dos Campeões desta temporada pareciam diferentes, com o time jogando um futebol de alta classe. Típico das equipes de Pep Guardiola.

Passando por times como o Borussia Dortmund de Haaland e o PSG de Neymar, o City chegou a final contra um Chelsea sólido e bem ajeitado.

Nesse meio tempo, Aguero disse que não renovaria seu contrato com a equipe e que deixar Manchester ao final da temporada.

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Em 2014, Aguero disse que só deixaria o City se ganhasse a taça da Champions. Motivados a dar de presente ao seu maior ídolo e entrar na história, o City, porém, levou o gol no primeiro tempo.

Aguero, que só entraria no segundo tempo, viu o City perder De Bruyne e desperdiçar chances de gol. Sem contar na atuação magistral de Kanté.

O argentino se despediu de sua torcida da forma que começou sua trajetória: do banco, marcando gols e dando a vitória.

Desta vez, saindo do banco, não conseguiu ajudar e viu o time sendo derrotado.

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O gosto amargo do fim

O Manchester City perde em dobro nesta final de Liga dos Campeões da UEFA.

Em primeiro lugar, o título, tão cobiçado, que nesta década nunca pareceu tão perto quanto esteve nesta temporada.

Além disso, acabaria possivelmente com as inúmeras piadas de “time pequeno”, que começou a conquistar suas glórias a partir da chegada dos investidores árabes em 2008.

Em segundo lugar, Aguero. O argentino é o símbolo máximo do que o time de Manchester se tornou na última década, a personificação das glórias que o City alcançou.

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Todos os seus 258 gols não serão esquecidos tão facilmente. Kun Aguero tem uma história de muito sucesso. Como o próprio Guardiola disse, “Aguero é insubstituível”.

Por fim, será difícil lidar com a derrota e a saída do ídolo, a quem definitivamente deixou seu nome na história do clube.