A nove semanas da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, o Comitê Olímpico Internacional (COI) garantiu nesta sexta-feira, 21 de maio, que o evento acontecerá normalmente entre 23 de julho e 8 de agosto, conforme programado. A informação foi confirmada por um representante olímpico de alto escalão para a agência de notícias Reuters. As Olimpíadas serão realizadas mesmo que a capital japonesa esteja sob estado de emergência por causa da Covid-19. Diversas cidades do país fortaleceram medidas para frear o contágio pela doença.
O evento continua com forte rejeição do público japonês, devido ao temor por um aumento de casos e mortes de Covid no país. Uma pesquisa divulgada pela Reuters também nesta sexta-feira relata que quase 70% dos entrevistados desejam que o evento seja cancelado ou novamente adiado. Em 2020, o COI definiu o adiamento dos Jogos Olímpicos em um ano, ainda no início da pandemia do novo coronavírus.
Para incentivar a realização dos Jogos deste ano, o COI anunciou que o presidente da França, Emmanuel Macron, estará presente na cerimônia de abertura da Olimpíada. A capital francesa, Paris, será a sede da próxima edição das competições, em 2024.
Quando perguntado se teriam os Jogos Olímpicos mesmo se Tóquio estivesse sob estado de emergência, o vice-presidente do COI, John Coates, respondeu: “certamente que sim”. A autoridade, que supervisiona os preparativos para Tóquio 2020, completou que “todos os planos que temos à disposição para garantir a segurança e a proteção dos atletas e do povo do Japão se baseiam nas piores circunstâncias possíveis”.
Vacinação
Coates também disse que até 23 de julho, data de início da Olimpíada, mais de 80% dos ocupantes da Vila Olímpica estarão vacinados. O dirigente completou que entre o grupo de médicos das delegações olímpicas estrangeiras trabalharão em apoio às operações médicas e a implantação de contramedidas de Covid-19 durante o evento.
Entre os maiores e mais ricos países do mundo, o Japão tem a taxa mais lenta de vacinação contra a doença causada pelo novo coronavírus, segundo um monitor global da Reuters. Apenas 4,1% de toda a população japonesa já foi imunizada, e cerca de metade do corpo médico daquele país já foi completamente imunizado. O país iniciou seu processo de vacinação apenas em fevereiro deste ano.
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