Home Tênis Djokovic é campeão em Wimbledon e iguala Federer e Nadal em títulos de Grand Slams

Djokovic é campeão em Wimbledon e iguala Federer e Nadal em títulos de Grand Slams

Agora recordista juntamente de seus dois rivais, Djokovic teve dificuldades para vencer Berrettini na final de Wimbledon

Thiago Chaguri
Apaixonado por esporte desde criança, acompanho diversas modalidades por acreditar na magia e nas boas histórias que seus protagonistas e torcedores proporcionam. Além do entretenimento, admiro também as pluralidades táticas e estratégicas.

Novak Djokovic vence Matteo Berrettini e conquista seu sexto título de Wimbledon. Em um jogo equilibrado, o sérvio aplicou 3 sets a 1, com parciais de 6/7 (4), 6/4, 6/4 e 6/3 para faturar seu 20º troféu e juntar-se à Roger Federer e Rafael Nadal como os maiores campeões em Grand Slam na história.

Pela quinta vez na Era Aberta (desde 1968), um tenista vence o torneio da grama sagrada de Londres em três anos consecutivas. Os outros nomes a realizar esta façanha foram: Bjorn Borg, de 1976 a 1980, Pete Sampras  duas vezes (1993 a 1995 e de 1997 a 2000) e Roger Federer, levando as edições de 2003 a 2007.

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Com o título, Djokovic tornou-se o primeiro jogador desde Rod Laver, em 1969, a ser campeão dos três primeiros Grand Slams do ano. Na oportunidade, o australiano detentor de 11 títulos de Majors, venceu todos os quatro principais torneios do calendário não somente daquele ano, como também em 1962, tornando-se o único na história a conseguir o feito por duas vezes. Além de Laver, somente Don Budge faturou os quatro Grand Slams masculino no mesmo ano, em 1937, na era amadora.

Djokovic igualou Arthur Gore, Boris Becker e Pete Sampras ao disputar sua sétima final em Wimbledon. O recordista é Roger Federer, com 12 decisões em Londres.

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Esta foi a 30º decisão de Grand Slam do sérvio. O recorde também pertence à Federer, com 31 finais. Além de seu sexto título em Wimbledon (2011, 2014, 2015, 2018, 2019 e 2021), Nole possui também nove conquistas de Australian Open (2008, 2011, 2013, 2013, 2015, 2016, 2019, 2020 e 2021), três pelo US Open (2011, 2015 e 2018) e mais dois em Roland Garros (2016 e 2021), somando 20 ao total.

Mesmo com o vice, Berrettini colocou a Itália de volta à final de Grand Slam após longo jejum

Já Berrettini, mesmo com o vice, quebrou um jejum histórico de italianos no naipe masculino. Desde 1976 um tenista do “país da bota” não disputava uma final de Grand Slam. O último a conseguir o feito foi Adriano Panatta, campeão em Roland Garros daquele ano.

Além de Berrettini e Panatta, somente mais dois jogadores representaram a Itália em finais de Majors: Nicola Pietrangeli, em 1959, 1960, 1961 e 1964 e Giorgio de Stefani (1934), ambos também por Roland Garros.

Sérvio lidera o confronto geral contra Berrettini

Em confrontos gerais, Djokovic ampliou sua vantagem sobre Berrettini. Além desta final de Wimbledon, os tenistas se enfrentaram em duas outras oportunidades. Pela estreia do ATP Finals – torneio que reúne os oito melhores de cada ano – em 2019, vitória por 6/1 e 6/2. Válido pelas quartas de final de Roland Garros de 2021, Nole aplicou 3 sets a 1 (6/3, 6/2, 6/7 (5) e 7/5).

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Nole vai em busca do pote de ouro?

O sérvio ainda não confirmou sua ida aos Jogos Olímpicos. Recentemente, colocou sua participação em cheque ao condicionar sua ida à Tóquio mediante a presença de público. No dia 09 de junho, a ministra dos Jogos Olímpicos, Tamayo Marukawa, anunciou oficialmente que nesta edição será vetada a participação de torcedores nas arenas de competição.

Caso mude de ideia, Djokovic estará no caminho para buscar o “Golden Slam” e igualar uma marca conquistada apenas pela lendária Steffi Graf. A alemã é a única jogadora na história do tênis, em ambos gêneros, a ser campeã do Australian Open, Roland Garros, Wimbledon, US Open e Jogos Olímpicos no mesmo ano. O feito data de 1988, quando Graf venceu todos os Majors e a olimpíada de Seul, na Coréia do Sul.

Outro acontecimento raro é o “Career Golden Slam”. Neste caso, a diferença desta denominação conta os títulos dos quatro Grand Slam e a medalha de ouro olímpica independente do ano da conquista. Somente quatro tenistas possuem tal façanha: Steffi Graf e Serena Williams pelo feminino, além de André Agassi e Rafael Nadal no masculino.

O JOGO

A partida teve um marco histórico em Wimbledon. Desde o início da competição, em 1877, esta é a primeira vez que uma mulher foi a árbitra de uma final. A pioneira foi a croata Marija Cicak, que já havia conduzido a final do torneio no naipe feminino, em 2014 e 2017.

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Os dois primeiros sets foram marcados oscilações de ambos. Djokovic iniciou muito bem o primeiro, suportando o poderoso saque de Berrettini e abriu 5 a 2. No entanto, sofreu um apagão e viu o adversário crescer na parcial. O italiano empatou e levou o set para o tie-break, vencendo por 7/6 (4).

No segundo, Djokovic também abriu grande diferença, impondo seu ritmo de jogo. Novamente o italiano reagiu e venceu três games seguidos, mas desta vez não conseguiu o empate. 6/4 para o sérvio.

Surpreendente, ambos confirmaram seus serviços sem ceder um único ponto ao adversário nos dois primeiros games da terceira parcial. Djokovic tomou a dianteira do set ao quebrar o saque de Berrettini no terceiro game para não perder mais. Desta vez, sem oscilações, os tenistas travaram um duelo mais linear e muito equilibrado. O sérvio, mais acostumado às finais, fechou em 6/4 e virar o jogo para 2 a 1.

No quarto set, ambos iniciaram quebrando o serviço do outro. O duelo mantinha-se parelho como no decorrer do jogo, até Djokovic passar à frente em 4/3 ao vencer o saque do italiano. Após confirmar seu game, o multicampeão estava prestes a faturar mais um título. Após três chances de break-point, a experiência no número um do mundo prevaleceu. Em um longo rali com boas trocas de golpes, Berrettini ficou na rede e sacramentou o ponto do game, set e do campeonato para Djokovic, que levou para casa seu sexto título na grama inglesa.

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https://www.youtube.com/watch?v=RIcDfdBTVWg

 

Confira aqui as estatísticas oficiais do jogo.

CAMPANHA

1ª Rodada: Novak Djokovic (1) 3 x 0 Jack Draper  – (4/6, 6/1, 6/2, 6/2 e 6/1)

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2ª Rodada: Novak Djokovic (1) 3 x 0 Kevin Anderson – (6/3, 6/3 e 6/3)

3ª Rodada: Novak Djokovic (1) 3 x 0 Denis Kudla – (6/4, 6/3 e 7/6 (9-7)

Oitavas-de-final: Novak Djokovic (1) 3 x 0 (17) Cristian Garin – (6/2, 6/4 e 6/2)

Quartas-de-final: Novak Djokovic (1) 3 x 0 Márton Fucsovics (9) – (6/3, 6/2, 6/4)

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Semifinal: Novak Djokovic (1) 3 x 0 (10) Denis Shapovalov (10) – (7/6 (5), 7/5 e 7/5)

Final: Novak Djokovic (1) 3 x 2 (7) Matteo Berretini – (6/7 (4), 6/4, 6/4 e 6/3)

 

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