Home Esportes Olímpicos Olimpíadas: Brasil atropela Coréia do Sul e vai em busca de sua terceira medalha de ouro no vôlei feminino

Olimpíadas: Brasil atropela Coréia do Sul e vai em busca de sua terceira medalha de ouro no vôlei feminino

Atuando em altíssimo nível, a seleção brasileira mostrou sua força, não deu chances para as coreanas e avançou para a terceira final olímpica de sua história

Thiago Chaguri
Apaixonado por esporte desde criança, acompanho diversas modalidades por acreditar na magia e nas boas histórias que seus protagonistas e torcedores proporcionam. Além do entretenimento, admiro também as pluralidades táticas e estratégicas.

Rumo ao tri! Brasil se impõe diante da Coréia do Sul de forma avassaladora e avança para sua terceira final do vôlei feminino na história dos Jogos Olímpicos. Repetindo o placar do confronto entre as equipes na primeira fase, a seleção brasileira aplicou 3 sets a 0 em um triplo 25/16. A disputa da medalha de ouro será contra as rivais dos Estados Unidos no domingo, 08 de agosto, às 01h30. Curiosamente, esta será a terceira decisão olímpica entre as seleções. Até o momento o Brasil prevaleceu e venceu o título em Pequim-2008 e Londres-2012.

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Destaque para o jogo coletivo da seleção brasileira. Todas as atletas desempenharam uma performance de alto nível. Fê Garay foi a maior pontuadora do jogo, com 17. Gabi anotou 12 e Rosamaria colaborou com mais 10.

Macris, em uma história de superação dentro da própria competição, ao voltar de lesão, distribuiu muito bem o jogo, dando fluidez ao ataque brasileiro.

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A escola asiática, conhecida pelo consistente sistema defensivo, assistiu à uma verdadeira aula ao vivo de Camila Brait. A líbero brasileira fez um excelente jogo – habitual nesta primeira olimpíada da atleta – sendo onipresente em quadra.

Brasil mantém freguesia sobre as coreanas

Brasil e Coréia do Sul se enfrentaram seis vezes em Jogos Olímpicos. Contabilizando a vitória de hoje (06), a seleção brasileira soma cinco triunfos, enquanto as asiáticas venceram em apenas duas oportunidades. Todas as partidas entre as seleções terminaram em 3 sets a 0.

O primeiro confronto foi em Los Angeles-1984. A Coréia do Sul venceu por 3 sets a 1 num jogo de classificação pelo 5º lugar. O segundo embate ocorreu em Atlanta-1996, pelas quartas de final. Nesta edição, o time de Ana Moser, Fernanda Venturini, Marcia Fu, Leila e companhia venceu as coreanas. Posteriormente, após a queda na semifinal, faturou a primeira medalha feminina do vôlei de quadra ao bater os Estados Unidos na disputa do bronze.

Em Atenas-2004 (grupo B) e no Rio, em 2016, 3 sets a 0 para o Brasil. Nesta edição de Tóquio-2020, vitória brasileira tanto na fase de grupos, quanto nesta semifinal, ambas por 3 a 0. De forma inesperada, a segunda derrota veio em Londres-2012, pelo grupo B. Com o revés, a seleção correu sério risco de eliminação. No entanto, a equipe se recuperou e bateu China e Sérvia em sequência para renascer na competição. Classificadas para a fase eliminatória, despacharam a Rússia em jogo épico pelas quartas de final. Com facilidade, tiraram o Japão do caminho na semifinal e faturaram o bicampeonato olímpico de forma consecutiva sobre os Estados Unidos.

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Um italiano conhecido no cenário brasileiro conduz as coreanas à uma campanha histórica

Stefano Lavarini, italiano e técnico da Coréia do Sul, teve boa passagem pelo vôlei brasileiro dirigindo o Minas Tênis Clube. Em seu currículo conquistou a Superliga feminina de vôlei na temporada 2018/2019, Copa Brasil de 2019, o campeonato Sul-americano em 2018 e foi vice-campeão mundial no mesmo ano, perdendo a final para o VakifBank da Turquia.

ESCALAÇÕES

BRASIL: Macris  (levantadora); Rosamaria (oposto); Gabi Guimarães e Fernanda Garay (ponteiras); Carol e Carol Gattaz (centrais); Camila Brait (líbero).

Suplentes: Roberta Ratzke (levantadora); Natália e Ana Cristina (ponteiras); Bia (central)

 Técnico: José Roberto Guimarães

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CORÉIA DO SUL: An Hie-jin (levantadora); Kim Hee-jin (oposto); Kim Yeon Koung (capitã) e Park Jeong-ah (ponteiras); Yang Hyo-jin e Kim Su-ji (centrais); Oh Ji-young (líbero)

Suplentes: Yeum Hye-seon (levantadora); Jeong Ji-yun (oposto); Lee So-young e Pyo Seung-ju (ponteiras); Park Eun-jin (central)

Técnico: Stefano Lavarini

 

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1º SET

A partida começou com um ataque para fora de Gabi, mas rapidamente as brasileiras passaram à frente. Carol teve boa passagem pelo saque. Além do ace no 4 a 2, seu saque balanceado dificultou o passe coreano. Macris tratou de colocar Rosamaria cedo na partida para lhe dar confiança. A oposto fez dois dos seis pontos iniciais brasileiros. Numa bola difícil, colada à rede, Macris mandou de segunda e surpreendeu as adversárias, colocando 8 a 5 no placar. Principal estrela coreana, Kim Yeon Koung ainda estava apagada na partida. A ponteira mandou longe e o Brasil abriu 12 a 8. Num longo rali de 31 segundos cheio de boas defesas, a Coréia diminuiu a diferença para três pontos, em 13 a 10.

Kim Yeon Koung mandou mais uma bola para fora e o técnico Stefano Lavarini pediu tempo, com 17 a 12 para a seleção brasileira. Kim estava com baixo aproveitamento no ataque, tendo acertado apenas dois em 11 tentativas até o momento. Num saque para fora de Kim Su-ji e o segundo bloqueio de Carol, o Brasil deslanchou de vez e deixou o triunfo do set encaminhado com 21 a 14. Lavarini estava irritado com a arbitragem, contestando até marcações dos desafios de vídeo. Fê Garay parou as coreanas no bloqueio e deixou o Brasil em situação confortável com 9 set points à favor. Após ponto da Coréia, Garay acertou seu ataque e finalizou o set em 25/16.

A ponteira Fê Garay foi a maior pontuadora do set, com cinco. Assumindo bem a responsabilidade de substituir Tandara, Rosamaria anotou quatro, junto da central Carol.

2º SET

O início foi de troca de pontos entre as seleções. As coreanas venceram outro longo rali, denotando o equilíbrio em 4 a 4. Macris, em jogada característica, anotou outra bola de segunda. Kim Hee-jin marcou uma ace e colocou as adversárias à frente, em 6 a 5. Mas a vantagem durou pouco. Rosamaria fechou a porta no bloqueio e colocou dois de vantagem para o Brasil, em 9 a 7. A oposto marcou mais um ponto depois de um rali. Em seguida, Gabi atacou e abriu a maior vantagem do set até o momento, em 14 a 10. Lavarini pediu tempo para tentar conter uma disparada brasileira.

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Fê Garay fez seu segundo ponto de bloqueio logo no retorno da parada. Robberta e Natália entraram na inversão de 5×1 nos lugares de Macris e Rosamaria. O bloqueio brasileiro prosseguia sendo eficiente. Desta vez foi Gabi, num simples, colocar 18 a 14 sobre as coreanas. Natália acertou na diagonal e forçou Lavarini a paralisar o jogo novamente, aos 20 a 14. A ponteira, que entrou em quadra atuando como oposto, fez mais um ponto na volta do pedido de tempo. O Brasil abriu 22 a 14 vencendo mais um rali. Zé Roberto colocou a jovem ponteira Ana Cristina entrou para sacar e deu certo. Quebrando o passe das coreanas, seu saque foi importante para Natália bloquear e para o Brasil abrir 2 sets a 0, novamente por 25/16.

Muito bem distribuída por Macris, quatro jogadoras obtiveram boas performances. Rosamaria e Gabi marcaram cinco pontos cada. Natália, entrando na segunda metade do set, entrou muito bem, contribuindo com mais quatro, mesmo número de Fê Garay.

3º SET

Diferente dos set anteriores, as brasileiras iniciaram abrindo 3 a 0. Bloqueando, Fê Garay colocou 5 a 2 no marcador e anotou o 11º ponto brasileiro no fundamento, enquanto as coreanas obtinham apenas dois. Numa falha de recepção adversária, Macris guardou um ace e pôs 10 a 5 no placar. O tempo pedido por Lavarini para tentar recolocar sua equipe no jogo não adiantou. O técnico não conseguia conter o ímpeto adversário. Na jogada pipe, Gabi fez 13 a 7. Macris e Rosamaria deram lugar à Roberta e Natália para nova inversão de 5×1. Fê Garay, de uma regularidade e nível impressionantes nesta olimpíada, abriu oito à frente das coreanas, em 18 a 10. Mantendo o ritmo, as brasileiras, soltas, não tiveram piedade das adversárias. A Coréia emendou três pontos consecutivos e Zé Roberto pediu tempo para não deixar o time se acomodar. No retorno, o Brasil trocou pontos com as asiáticas. Após um grande rali, para finalizar com chave de ouro, Fê Garay atacou e deu números finais ao set, em 25/16 e ao jogo, por 3 sets a 0, sacramentando a passagem para a terceira final olímpica.

A ponteira despejou oito pontos no set, e Gabi, mais seis.

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CAMPANHA

Invicto, o Brasil venceu os sete jogos de sua caminhada até a final.

25/07 – 9h45

Brasil 3 x 0 Coréia do Sul (25/10, 25/12 e 25/19)

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27/07 – 7h40

Brasil x República Dominicana (22/25, 25/17, 25/13, 23/25 e 15/12)

29/07 – 7h40

Brasil 3 x 0 Japão (25/16, 25/18 e 26/24)

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31/07 – 4h25

Brasil 3 x 1 Sérvia (25/20, 25/16, 23/25 e 25/19)

02/08 – 9h45

Brasil 3 x 0 Quênia (25/10, 25/16 e 25/08)

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Quartas de final

04/08 – 09h00

Brasil 3 x 1 Comitê Olímpico Russo (23/25, 25/21, 25/19 e 25/22)

Semifinal

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06/08 – 09h00

Brasil x Coréia do Sul (25/16, 25/16 e 25/16)

Final

08/08 – 01h30

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Brasil x Estados Unidos

 

 

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