Home Futebol Após a derrota diante da Argentina, Marquinhos Xavier avalia desempenho do Brasil

Após a derrota diante da Argentina, Marquinhos Xavier avalia desempenho do Brasil

Mesmo decepcionado com a eliminação técnico brasileiro elogiou a postura do time a partida válida  pelas semifinais da Copa do Mundo FIFA de Futsal

Wander Otoni Ferreira
Colaborador do Torcedores

Na Arena de Kaunas, na Lituânia, Brasil e Argentina fizeram um duelo à altura de um dos maiores clássicos do mundo. Os  dois campeões do mundo disputaram a uma excelente partida e mais uma vez os Hermanos venceram nas semifinais do Mundial da FIFA, desta vez por  2 a 1. Após o confronto, o técnico Marquinhos Xavier contou o que viu à beira da quadra durante os 40 minutos.

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“Primeiro quem vence sempre tem os méritos. Às vezes a gente analisa o jogo só pelo ponto de vista técnico e muitas vezes não é só isso que entra em quadra. Existe toda uma relação, uma mística, uma situação de preparação e envolvimento. Então, é importante dizer que o adversário foi extremamente duro, como nós já esperávamos, mas eu vi um Brasil muito diferente do Brasil da chave de grupos e também do momento da eliminatória. Um Brasil que queria avançar para a final. Um Brasil que foi muito exigido durante toda a partida e soube criar suas oportunidades. Um Brasil que foi tecnicamente e taticamente muito equilibrado”, comentou o treinador.

Marquinho  lamentou  alguns minutos de desatenção que podem ter culminado na vitória Argentina: “O esporte tem esse contexto de você às vezes fazer a sua melhor partida, mas isso não é suficiente para vencer o seu adversário. Não estou dizendo que a Argentina foi inferior ao Brasil, de maneira alguma. Eles jogaram com as suas estratégias, conseguiram os dois gols na primeira etapa. Então, nós saímos de um momento emocional ainda mais difícil, porque você percebe que está bem no jogo, mas acaba sofrendo gols. Mas saímos desse momento emocional, fomos para um momento de recuperação, o primeiro gol nos deu esse oxigênio para que a gente pudesse voltar para a partida e, na minha visão, a segunda etapa foi marcada por uma pressão muito maior por parte do Brasil e era natural que a Argentina tivesse na sua defesa a chave para segurar a vantagem criada no primeiro tempo”.

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O balanço do artilheiro

O Artilheiro do time e considerado melhor jogador do mundo, Ferrão, refletiu sobre o que poderia ter feito diferente na partida. “A gente tinha que saber sofrer dentro do jogo. A gente estava num momento bom quando eles encaixaram os gols, acho que isso que a gente não pode cometer, alguns pequenos erros que se comete numa partida dessa intensidade acaba nisso. Mas eu acho que a gente buscou até o final, isso é Brasil. O resultado não veio, mas a gente tem que olhar para frente, que essa Seleção ainda tem muito para ganhar”, ressaltou o pivô, que também vibrou com a visibilidade do futsal no país durante a disputa do Mundial.

“Eu acho que o Brasil voltou a gostar de futsal, eu acho que depois de muito tempo que a gente não via isso do povo brasileiro e isso é bom para gente. Infelizmente a gente não pôde colocar o Brasil na final, que era o nosso objetivo, ser campeão. Fica aqui isso, nós que somos atletas, que estamos vivendo isso, para mim particularmente é a derrota mas dura da minha carreira. Então, não tem palavras que expliquem, mas ver o povo brasileiro apoiando o futsal é muito bom”, completa Ferrão.

Desabafo do líder

Após o jogo, o fixo Rodrigo Hardy lamentou o resultado, mas mostrou otimismo com o futuro da Seleção Brasileira, que terá um ciclo completo sob o comando da CBF. “Acho que não vai dar para outra Copa, vou estar com 40 anos. Desde que a gente perdeu em 2016, eu vivenciei cada dia da minha vida, abdiquei de família, para ter essa chance. Futebol é cruel demais. Em dois lances em que eu estava, o gol saiu. Eu acho que posso ajudar de alguma maneira, no que eles pedirem, mas no próximo Mundial eu estou fora. Com 40 anos, é muita exigência, tenho que abrir espaço para os novos”, disse Rodrigo.

“Muita gente cobrou uma apresentação do nosso time, acho que essa foi a melhor, na semifinal. A gente jogou bem, foi para cima, pressionou. Só que o esporte hoje não vive de criar, vive de destruir e ter algumas chances. A Argentina foi bem na proposta dela, em um escanteio, a bola sobrou e fizeram o gol. Depois em uma fugida, e a gente pressionando. A tendência é essa. A Seleção fez um grande Mundial. Está mostrando sua cara, o Marquinhos apenas com 50 dias conseguiu colocar a Seleção entre as quatro. O processo não é fácil para ser campeão do Mundo, não é em 50 dias que vai ser”, frisou o fixo.

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O Brasil agora se prepara para a disputa do terceiro lugar na Copa do Mundo FIFA de Futsal, marcada para o próximo domingo (3), na Arena de Kaunas, na Lituânia. A Seleção enfrentará o perdedor da outra semifinal, entre Cazaquistão x Portugal.