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Thiago Paulino não engoliu a punição que o deixou com a medalha de bronze no arremesso de peso F57 nas Paralimpíadas de Tóquio-2020. Ele venceu a prova, mas teve anulados seus dois melhores lançamentos e caiu para o terceiro lugar.
“Como nada em minha vida nunca foi fácil, mais uma vez levei um golpe e muito forte”, escreveu em seu Instagram. “Não é fácil, a pancada foi muito forte, mas em respeito a todos vocês que torceram muito por mim e todos que me apoiam, vou continuar na caminhada, pisando ainda mais forte.”
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Entenda o caso
Thiago venceu a prova com a marca de 15,10m, mas seus dois melhores arremessos (o outro foi de 15,05m) foram invalidados após protesto da delegação chinesa. A organização da prova aceitou o protesto, a despeito das queixas do Comitê Paralímpico Brasileiro.
O único arremesso validado de Thiago foi o primeiro, de 14,77m, suficiente para lhe dar o bronze. O ouro ficou com o chinês Guishan Wu, com15,00m. A prata foi para o outro brasileiro da prova, Marco Aurélio Borges, com 14,85m.
Segundo os chineses, o brasileiro teria se levantado da cadeira nos melhores arremessos. O Brasil apresentou imagens dos arremessos de Thiago em que não havia indício de infração. Os representantes do Comitê Paralímpico Internacional alegaram que um vídeo de outro ângulo mostra a irregularidade, mas não mostraram tal vídeo.
Na página da prova no site dos Jogos Paralímpicos Thiago aparece com a punição por infração à regra 2.13.5. Essa punição é disciplinar, por “conduta imprópria e antidesportiva”, mas prevê apenas advertência, não desclassificação ou exclusão de arremessos válidos.
Força, Thiagão, o Brasil e a justiça estão do seu lado. pic.twitter.com/grm4opZIhc
— Comitê Paralímpico Brasileiro -ブラジルパラリンピック委員会 (@cpboficial) September 4, 2021
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