Depois da vitória em cima do Athletico, por 3 x 0, no Maracanã, o presidente rubro-negro, Rodolfo Landim, surpreendeu e apareceu para dar coletiva. O mandatário desabafou sobre a volta atrás da CBF em não adiar as partidas do Brasileirão durante a data-Fifa.
“Estou no Flamengo há quase três anos e nunca participei de nenhuma entrevista pós-jogo, mas tendo em vista o que ocorreu durante a semana, me senti na obrigação de estar aqui. Todos acompanharam o noticiário sobre calendário. O Flamengo tem o compromisso com sua torcida e com o futebol brasileiro de investir para formar o plantel com os melhores jogadores possíveis. É natural que esses atletas sejam observados para defender suas seleções. Existe uma regra, que é seguida no mundo todo e infelizmente não é seguida no Brasil, a das datas Fifa. Para que haja isonomia nos campeonatos, eles são paralisados para que os clubes não sejam prejudicados.
Para se ter ideia, tivemos jogadores com convocações que afetaram, no mínimo, dez jogos do campeonato. Alguns voltaram lesionados e isso afetou o Brasileiro e também a Copa do Brasil. Se discutiu muito isonomia de presença de público no estádio e foi uma luta que o Flamengo se envolveu, sempre seguindo os protocolos das autoridades para que o público voltasse. É um outro espetáculo, mesmo quando o público é restrito”, disparou Landim.
O presidente do Flamengo também indicou uma possível retaliação ao clube na formatação da tabela. Vale lembrar que o Rubro-Negro lutou pelo retorno dos torcedores e ficou contra os outros 19 times da Série A.
“Falam que o público pode influenciar no resultado do jogo, imagine você perder seus principais jogadores? É o que acontece com os clubes e principalmente com o Flamengo. Sentamos e conversamos com a CBF, tivemos discussões técnicas muito boas, avaliamos todos os aspectos e vimos a possibilidade de extensão até o dia 26. Isso impactaria apenas duas equipes, as finalistas da Copa do Brasil, e até o dia 19 as equipes da Série A, que poderiam ter férias. Permitiria que tivéssemos um calendário mais justo e sem quebra de isonomia. Isso foi acordado com a CBF e voltaram atrás na decisão. Isso causa uma profunda indignação. É inaceitável!
É mais problemático ainda quando sabemos que o Flamengo tem se envolvido em algumas lutas importantes ao longo dos anos pela melhoria do futebol brasileiro, defendendo posições fortes. Fica parecendo que isso pode ser uma retaliação contra o clube. Não da CBF, com a qual temos conversado no dia a dia, mas de uma outra CBF que não conseguimos enxergar. Sabemos situações não só de não paralisação, mas avaliando a tabela. São coisas incompreensíveis. Jogamos em São Paulo, vamos para o Ceará, voltamos com o período mínimo de terça-feira, e depois no domingo. Tudo sabendo que na quarta-feira temos o primeiro jogo da Copa do Brasil. São coisas que não entendemos ou preferimos acreditar que não existe algo maior por trás disso. O que é mais importante é deixar registrada a indignação em relação ao que aconteceu. Seguiremos lutando pelos títulos”, finalizou.
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