Home Vôlei VakifBank bate o temido Conegliano e conquista o tetra do Mundial de Clubes feminino de vôlei

VakifBank bate o temido Conegliano e conquista o tetra do Mundial de Clubes feminino de vôlei

Contando com forte desempenho de Isabelle Haak, VakifBank supera poderio ofensivo de Egonu e se isola como maior campeão mundial

Thiago Chaguri
Apaixonado por esporte desde criança, acompanho diversas modalidades por acreditar na magia e nas boas histórias que seus protagonistas e torcedores proporcionam. Além do entretenimento, admiro também as pluralidades táticas e estratégicas.

Em jogo com direito a cinco sets como os fãs gostam, VakifBank bate o Imoco Conegliano e fatura o tetracampeonato do Mundial de Clubes feminino de vôlei. Por 3 sets a 2, parciais de 25/15, 22/25, 25/22, 22/25 e 15/7, a equipe concluiu sua conquista “em casa” num lotado Ankara Sports Hall diante do poderoso clube italiano, que vinha de 80 vitórias nas últimas 81 partidas até este domingo (19).

Isabelle Haak foi o nome do jogo, anotando expressivos 28 pontos. Chiaka Ogbogu foi muito bem, contribuindo com mais 15. Gabi Guimarães, versátil como sempre, teve boa atuação na defesa e no ataque, marcando 12 vezes.

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Com incríveis 35 pontos, Egonu foi a maior pontuadora da partida.

Pela disputa do bronze, o Itambé/Minas acabou derrotado pelo Fenerbahçe Opet por 3 sets a 0.

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VAKIFBANK AMPLIA SUA VANTAGEM COMO MAIOR CAMPEÃO MUNDIAL

Recordista de participações no Mundial, sendo esta sua sétima aparição, o clube turco chegou à quinta final e levantou o quarto troféu, ampliando sua vantagem como maior campeão da competição. Esta foi a segunda decisão em que disputou contra um europeu e a primeira vitória, já que em 2011 foi vice-campeão para o Rabita Baku, do Azerbaijão.

Curiosamente, seus três triunfos anteriores foram diante de times brasileiros. Venceu o Rio de Janeiro do técnico Bernardinho em 2013 e 2017 e o Itambé/Minas, no ano 2018.

ESCALAÇÕES

IMOCO CONEGLIANO

Joanna Wolosz (capitã e levantadora); Paola Egonu (oposta); Megan Courtney e Kathryn Plummer (ponteiras); Robin De Kruijf e Raphaela Folie (centrais); Monica De Gennaro (líbero)

Suplentes: Giulia Gennari (levantadora); Giorgia Frosini (oposta); Miryam Sylla e Loveth Omoruyi (ponteiras); Hristina Vuchkova Bozana Butigan (centrais); Lara Caravello (líbero)

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VAKIFBANK

Cansu Ösbay (levantadora); Isabelle Haak (oposta); Gabi Guimarães e Michelle Bartsch-Hackley (ponteiras); Zehra Günes e Chiaka Ogbonu (centrais); Ayca Aycac (líbero)

Suplentes: Buket Gulubay (levantadora); Meryem Boz (oposta); Tugba Senoglu e Derya Cabecioglu (ponteiras); Melis Gürkaynak (capitã) e Kubra Caliskan (centrais);  Aylin Acar (líbero)

1º SET

O jogo começou com Paola Egonu errando ataques pelo lado italiano e Isabelle Haak muito efetiva para o time turco, marcando cinco dos 10 pontos iniciais, deixando o placar em 10 a 6. Defendendo bem o ataque adversário, o VakifBank colocou boa vantagem e foi para o tempo técnico obrigatório em 12 a 7. No retorno, Ösbay continuou acionando Haak, que manteve o forte ritmo. O técnico Daniele Santarelli paralisou o jogo no 15 a 10, mas nada adiantou. A oposta sueca anotou um ace e acertou outros dois ataques, colocando 18 a 11 e somando impressionantes dez pontos na parcial.

Impressionou o alto volume do VakifBank. Anulou o ataque do Conegliano apresentando consistência defensiva e contando com a sueca para lá de inspirada para destruir o sistema defensivo italiano. A equipe de Santarelli atuou muito abaixo de sua capacidade não somente pela pressão imposta pelo time aurinegro, que atrapalhou sua linha de passe, mas também pelo baixo número de aproveitamento no ataque, somando apenas oito pontos contra 17 do adversário. Administrando a diferença, o time “da casa” levou a parcial por tranquilos 25/15.

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Isabelle Haak foi a destaque absoluta, anotando quase a metade dos pontos de seu time no set (12).

2º SET

Ao contrário da parcial anterior, Egonu iniciou melhor no segundo set, marcando três pontos de ataque e sacando bem. Pela primeira vez na partida o Conegliano abriu dois de frente, em 6 a 4. Mais focado e incisivo no ataque, o time controlava a diferença que variava entre dois e três pontos e foi com 12 a 9 para o tempo técnico obrigatório. O VakifBank já não apresentava mais o intenso volume do primeiro set. Seu ataque passou a ser melhor marcado e sua produção diminuiu, ao passo que o Conegliano também melhorou e estabilizou-se no sistema defensivo.

Já pelo lado italiano, Egonu entrou em seu ritmo habitual e passou a comandar a pontuação. Ao 18 a 15, obteve sete pontos. O time turco ensaiou uma recuperação. Com boa distribuição de Ösbay, acionando Gabi e Haak, empatou o set em 19. Contudo, o bloqueio do Conegliano brecou a reação e teve grande importância para a equipe retomar três de frente, 23 a 20. Explorando a marcação adversária, Egonu empatou a partida ao colocar 25/22 na parcial.

A própria oposta foi o nome do set, marcando nove pontos. Haak e Chiaka Ogbonu fizeram quatro cada pelo turco.

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3º SET

As duas equipes iniciaram o set “trocando presentes”, cometendo erros em sequência no ataque e no saque. A partir do 6 a 6 as peças ofensivas passaram a rodar as bolas e o equilíbrio manteve-se, ninguém desgarrava no placar. O Conegliano, no entanto, se desconcentrou após o 11 a 11. Cometeu três erros consecutivos e foi parado num bloqueio duplo. Assim, o VakifBank abriu 16 a 12. Miryam Sylla entrou no set no lugar de Kathryn Plummer.

Gabi, explorando muito bem o bloqueio durante o jogo, usou desse artifício e também não perdoou uma bola de cheque, mantendo a diferença à favor em 20 a 15. Quando parecia que a equipe se encaminhava para conduzir a vantagem, o Conegliano reagiu. Anotou quatro pontos consecutivos e manteve sua sobrevivência. O VakifBank, porém, utilizou bem o serviço para dificultar o ataque adversário e retomou o conforto na dianteira. Mesmo marcando dois pontos seguidos e forçando Guidetti a pedir tempo, o Conegliano viu o clube turco fazer 25/22 e se recolocar na frente do jogo por 2 a 1.

Gabi cravou cinco e foi a maior pontuadora do VakifBank. Haak veio logo atrás, com quatro. Egonu fez 9 para time italiano.

4º SET

Gabi estava bem não somente no ataque, como também “varria a quadra” no sistema defensivo para segurar o poderio ofensivo do Conegliano. Sua equipe abriu três de frente chegando a ter 8 a 5, mas o adversário se aproximou e empatou. Gabi corrigiu uma recepção quebrada e fez um belo levantamento de manchete para Haak, que concluiu e levou o VakifBank para a para obrigatória em 12 a 9. Egonu seguia tentando dar sobrevida à seu time e somava seis pontos, contribuindo bastante para empatar em 13.

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Mesmo com seu adversário se recolocando na dianteira, o Conegliano não se intimidou e foi para cima. ‘As Panteras’ conseguiram impor sua força no ataque e minaram o VakifBank no bloqueio, anotando dois pontos neste fundamento. Viraram a parcial e abriram distância, com 22 a 17. Sylla, mantida em quadra, também estava bem neste quarto set. Apesar de uma breve queda, onde sua vantagem diminuiu para apenas dois, não deu chances para o azar. Egonu cravou na ‘pipe‘ para fechar a parcial em 25/22 e levar o jogo para o tie-break.

Forte, Egonu despejou dez no set. Haak fez seis pelo lado turco.

5º SET

Sem abalar o psicológico pela derrota na parcial anterior, o VakifBank veio forte para o set decisivo. Reorganizou a defesa e colocou as bolas em jogo, contendo Egonu e companhia. E contou também com Chiaka Ogbogu inspirada. A central tomou conta do início do tie-break fazendo metade dos pontos quando o placar indicava 8 a 5. Após um ace confirmado pelo desafio de vídeo, o Vakifbank deslanchou de vez.

Egonu não conseguiu se desvencilhar da marcação do bloqueio e não repetiu a alta produtividade dos sets anteriores. Limitado ofensivamente pela parcial impecável do VakifBank, o Conegliano não resistiu e deu adeus à chance do bicampeonato. O ataque para fora de Miryam Sylla colocou um ponto final no set, em 15 a 7, e no jogo, em 3 sets a 2 à favor do VakifBank, agora tetracampeão mundial de clubes.

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Ogbogu foi a principal jogadora do tie-break, com quatro pontos.

CAMPANHA

GRUPO B

16/12 – VakifBank 3 x 0 Altay (25/13, 25/10 e 25/13)

17/12 – VakifBank 3 x 0 Itambé/Minas (25/18, 25/17 e 25/18)

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SEMIFINAL

18/12 – VakifBank 3 x 0 Fenerbahçe Opet (25/19, 29/27 e 25/23)

FINAL

19/12

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12h30 – VakifBank 3 x 2 Imoco Conegliano (25/15, 22/25, 25/22, 22/25 e 15/7)

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