Válidos pelas semifinais da última edição de Copa Verde, os dois clássicos entre Remo e Paysandu ficaram marcados por cantos homofóbicos vindos das arquibancadas.
Com isso, os principais clubes do futebol paraense acabaram denunciados no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Nesta quarta-feira (26), o órgão judiciário avaliou cada caso e deu pareceres diferentes: decidiu absolver o Remo e multar o Paysandu em R$ 10 mil. As decisões são passíveis de recurso.
Para conseguir a absolvição do clube azulino, o advogado Osvaldo Sestário argumentou que a súmula da partida não relata a ocorrência de casos de homofobia no estádio Banpará Baenão.
“A denúncia veio pelo Coletivo LGBTQ, que não sei se tem competência para isso. Quem deu a repercussão foi esse coletivo”, declarou.
Sestário também disse que o Remo faz campanhas de combate ao preconceito mediante os canais oficiais.
Por outro lado, o advogado de defesa do Paysandu, Marcelo Jucá, não pediu a absolvição do clube alviceleste, mas questionou a veracidade da prova utilizada no julgamento.
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“Em relação ao atleta que foi atacado, eu seria leviano ao pedir absolvição. Sou muito sincero com os meus clientes”, iniciou.
“É minha obrigação pedir a absolvição, mas se isso foi realmente falado e direcionado ao atleta, ele (Paysandu) precisa sim ser punido. O que eu questiono aqui é a veracidade daquele vídeo”, completou Jucá.
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