O Corinthians ainda não tem um novo técnico para 2022. Renato Gaúcho e Cuca foram ventilados, Jorge Jesus procurado, e nomes como Paulo Fonseca, Vítor Pereira e Luís Castro aparecem quase que diariamente nos bastidores do clube.
Independente do nome escolhido, ele já terá uma grande questão para resolver na formação do Timão: a marcação no meio de campo. Enquanto o foco dos últimos meses tem sido o encaixe e as possibilidades da equipe atuar com seus principais jogadores — Renato Augusto, Giuliano, Willian, Paulinho e Róger Guedes —, a questão da proteção à zaga ficou um pouco escanteada. E agora começa a estourar.
Afinal, o Corinthians não tem definido seu primeiro volante ou homem com maiores responsabilidades de marcação, como queira chamar, titular. Gabriel, opção mais “segura” pela maior experiência na função, foi para o Internacional; Cantillo, maior concorrente do antigo camisa 5, não voltou bem do período na seleção colombiana e teve má atuação contra o Ituano, com direito a falha direta no primeiro gol da equipe do interior, sem falar da visível melhora do time após sua saída; Du Queiroz, terceira opção, ainda é muito jovem.
Assim, o novo técnico do Timão terá essa como uma das principais questões para “atacar” logo que assumir o comando do time, uma vez que a presença de jogadores mais velhos no setor de criação faz aumentar a responsabilidade daqueles atrás deles.
Novo técnico pode aumentar possibilidades no Corinthians
A boa notícia é que um novo técnico pode significar novas possibilidades para o Corinthians. Durante todo o trabalho de Sylvinho, o time atuou praticamente em um só esquema, o 4-1-4-1, que tem um único volante sustentando uma linha de quatro meio-campistas ligeiramente mais ofensivos. Questionado sobre outras formações, o antigo treinador alvinegro disse conhecer melhor a formação, usada nos títulos brasileiros de 2015 e 2017.
Um novo treinador, portanto, pode ter uma visão diferente e abrir mão da atual formação, que exige características bastante específicas de seu primeiro é único volante. Com sistemas de, por exemplo, duplas de volantes, Renato Augusto, Paulinho ou mesmo Giuliano podem ser trazidos um pouco para trás, ao lado de jogadores que tenham mais físico e pegada de marcação, mas não sejam necessariamente especialistas, casos de Roni, Xavier e do próprio Du Queiroz, que pode ser o maior beneficiado com a possível “novidade”.

