A invasão da Ucrânia por parte da Rússia vem afetando, também, o esporte. E a Fórmula 1 não escapou dos reflexos da guerra que se desenvolve no leste europeu. Nesta sexta-feira (25), a equipe Haas removeu as referências à bandeira russa de seu carro, durante o terceiro dia de testes no circuito de Barcelona.
Vale lembrar que a Haas F1 é patrocinada pela Uralkali, uma empresa russa de fertilizantes. O nome da marca também foi apagado dos carros nesta sexta. “Fizemos a remoção ontem. Enfim, agora temos que lidar com as questões legais na próxima semana, o que não posso falar”, revelou Gunther Steiner, chefe de equipe da Haas.
Para além da relação da esuderia com seu patrocinador, contudo, os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia podem acarretar em consequências mais drásticas para a Haas F1. Isso porque o segundo piloto do time, Nikita Mazepin, é filho do dono da Uralkali, Dmitry Mazepin.
Mazepin pode deixar a Haas?
Enfim, Dmitry é o maior apoiador da carreira do filho no automobilismo. Ou seja, em caso de rompimento entre a Haas e a empresa russa, o futuro de Nikita na equipe estadunidense (e até na F1) estaria ameaçado. Steiner também falou sobre o assunto, mas sem dar muitas pistas a respeito dos próximos passos.
“Nem tudo depende de nós aqui, sobre o que está acontecendo. Há governos envolvidos e não tenho poder nenhum nisso. Precisamos ver também a situação, como isso se desenvolve com a Ucrânia”, disse o chefe da Haas, que não negou que a situação de Nikita Mazepin é umas das coisas que ‘precisam ser resolvidas’ em breve.
Se o russo for desligado da equipe, o brasileiro Pietro Fittipaldi pode vir a ter uma chance no grid da Fórmula 1. O brasileiro é o piloto de testes da Haas, mas nada garante que ele seria o substituto imediato. Isso porque a equipe poderia, por exemplo, buscar outro corredor no mercado para fazer dupla com o alemão Mick Schumacher.
O que diz o piloto russo?
Em sua página oficial do Twitter, Nikita Mazepin deixou uma mensagem aos fãs. O piloto disse que segue focado no projeto da Haas e na F1, mas evitou falar especificamente sobre o conflito entre seu país e a Ucrânia.
“Aos meus fãs e seguidores. É um momento difícil e não tenho controle sobre muito do que está sendo dito e feito. Estou escolhendo focar no que POSSO controlar, trabalhando duro e fazendo o meu melhor para a Haas F1 . Meus mais profundos agradecimentos pela compreensão e apoio”.
To my fans and followers – it's a difficult time and I am not in control over a lot of what is being said and done. I'm choosing to focus on what I CAN control by working hard and doing my best for my @HaasF1Team . My deepest thanks for your understanding and support. 🙏
— Nikita Mazepin (@nikita_mazepin) February 25, 2022
