Renato admite que não teve todas as contratações que queria no Grêmio e faz alerta sobre Série B: “Vai ser forte”
Técnico Renato Portaluppi concedeu entrevista à Rádio Gaúcha nesta terça-feira e voltou a falar do Grêmio
Foto: Divulgação/Grêmio
Após um longo tempo em silêncio, o técnico Renato Portaluppi, livre no mercado desde que saiu do Flamengo em 2021, voltou a falar do seu longo trabalho de quase cinco anos no Grêmio e confirmou, à Rádio Gaúcha, que nem sempre foi atendido pela direção sobre os reforços que pedia. Ele lembrou que fazia listas e entregava aos dirigentes, mas que a questão financeira impediu, mais de uma vez, a chegada de bons nomes.
“Diziam que o Renato trouxe fulano, ciclano, beltrano. Eu dava minhas dicas, infelizmente o Grêmio não tinha condições muitas vezes de trazer os jogadores que eu pedia. Aí íamos em outras opções para se encaixar na situação financeira do clube”, declarou.
Nesta mesma entrevista, Renato garantiu que, com ele, o Grêmio não teria sido rebaixado. E relembrou nunca ter tido problema de relacionamento com ninguém do clube:
“Em quase cinco anos, nunca tive problema seja com jogador, diretor, qualquer pessoa. Não iríamos conquistar tudo, mas nunca tivemos dificuldades. Sempre entrávamos na Libertadores. Eu tinha linha direta com o presidente e resolvíamos. Nunca tivemos problema. Falo de boca cheia que, comigo, não iria cair. Mas o que aconteceu quem tem que falar são as pessoas que estiveram no ano passado”.
Renato faz alerta ao Grêmio sobre Série B
Citando indiretamente Vasco e Cruzeiro, que não subiram no último ano, Renato alertou para a dificuldade da Série B de 2022 e do quanto já ficou comprovado que só uma camisa forte não garante o acesso:
“A gente sabe que a segunda divisão esse ano estará muito forte. E você precisa, sem dúvida alguma, fazer um grupo forte se quiser voltar. Tivemos exemplos nos últimos dois ou três anos com grandes clubes, que não se preparam da maneira que deveriam, achando que só a camisa iria trazê-los de volta e não foi bem isso que vimos. O Grêmio precisará formar um grupo forte para voltar. O Grêmio tem um grande estádio e uma grande torcida, que é o seu maior aliado, o torcedor”, encerrou.

