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Robinho pode ficar preso no Brasil por quanto tempo?

A justiça italiana encaminhou um pedido de prisão de Robinho

Octávio Almeida Jr
Jornalista graduado pela Universidade da Amazônia (UNAMA), 31 anos. Repórter de campo pela Rádio Unama FM em duas finais de Campeonato Paraense (anos 2016 e 2017). Repórter no site Torcedores.com desde 2018.

O Ministério Público de Milão enviou, nesta segunda-feira (14), ao Ministério da Justiça, um pedido de extradição e um mandado de prisão internacional para Robinho, caso o jogador saia do país. A informação é do jornal La Reppublica.

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Robinho foi condenado a nove anos de prisão e multado a pagar cerca de R$ 372 mil de indenização por ter participado de um estupro coletivo, em 2013. Entretanto, o jogador não deve passar todo o tempo de condenação atrás das grades.

De acordo com a Lei 13.964 (mais conhecida como Pacote Anticrime), todo agente que seja primário e tenha cometido um crime mediante violência ou grave ameaça à vítima (caso de Robinho) tem direito a progressão de regime após cumprir 25% da condenação estabelecida.

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Nesse sentido, Robinho terá direito solicitar progressão de regime após cumprir pouco menos de dois anos e meio na prisão. Tudo vai depender das decisões judiciais.

STJ ainda deve analisar o Caso Robinho

A realização do pedido de prisão de Robinho, por parte da justiça italiana, está de acordo com o que previu o advogado criminalista Daniel Bialski.

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, ele avaliou que o país europeu entraria em contato com o governo brasileiro realizando tal solicitação.

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O pedido agora deve ser encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que vai tomar uma decisão final.

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Bialski também destaca que a pena aplicada pela justiça italiana está dentro do que prevê o Código Penal Brasileiro.

Nesse sentido, o poder judiciário brasileiro deve dar um parecer favorável ao cumprimento da pena em solo brasileiro.

“O STJ deve sim analisar, deve aceitar e determinar que essa pena seja cumprida aqui no Brasil”, declarou o advogado.

Prisão tem polêmicas

Em artigo publicado no site Consultor Jurídico, o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez, aponta duas polêmicas quanto à prisão de Robinho.

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A primeira delas é a Lei de Migração. Aprovado em 2017, o dispositivo legal veda, expressamente, que a cooperação do Brasil com outros países seja referente à execução de medidas que restrinjam a liberdade pessoal ou a execução de condenações.

A segunda polêmica é referente à competência de julgamento do caso. Capez avalia que não está claro se está correto o jogador ser julgado pela justiça federal ou estadual.

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