A temporada já vai caminhando para a sua parte final e, um dos momentos mais esperados era o fechamento da janela de trocas da liga, ocorrido na última quinta-feira (10). Ao todo, foram realizadas dez negociações no último dia do mercado. A principal, sem dúvida, foi a que levou Ben Simmons para Brooklyn e James Harden para Philadelphia.
Sempre que o período de trocas chega ao fim, os especialistas começam a analisar os “vencedores” e “perdedores’, como cada jogador se adapta à nova equipe, destino das franquias, entre outros pont, os envolvendo o impacto dentro das quadras. Ponto importantíssimo, claro. Visto que, todos queremos saber quem são os favoritos ao título, as vagas nos playoffs e até as estratégias para tank, e o que cada um fez para atingir seu objetivo.
Hoje, tentaremos explicar o motivo de algumas dessas trocas conseguirem apresentar um impacto positivo imediato, os movimentos necessários fora de quadra, como isso afeta a vida pessoal dos atletas, e consequentemente, seu desempenho esportivo.
O impacto nas quadras
A comunidade da NBA ficou animada com as primeiras partidas de Sabonis (Kings), Haliburton (Pacers) e CJ McCollum (Pelicans) em suas novas equipes. E, com isso, gerou o questionamento: Como jogadores que acabaram de chegar, e conhecem muito pouco do livro de jogadas de suas novas equipes, conseguem atuações tão significativas logo em seus primeiros minutos?
Para começar, precisamos considerar o tamanho do “QI de basquete” que possui um jogador profissional da melhor liga do mundo. Em alguns casos, ainda no voo, os jogadores recebem vídeos de como a equipe costuma realizar suas movimentações e jogadas. Fora isso, são realizados ajustes de posicionamento em conversas rápidas com a comissão técnica antes e durante os jogos. A partir daí, tudo tende a fuir e evouir naturalmente.
Por último, lembramos que grande parte dos clubes usam as mesmas jogadas, alternando apenas a nomenclatura. Fato que colabora com a rápida adaptação.
Mudanças no extra-quadra
Quando falamos de trocas em qualquer esporte, temos que considerar todo o impacto na vida pessoal dos atletas. Na NBA, inevitávelmente, isso é maximizado, levando em conta o calendário que costuma ser muito pesado. Portanto, mudanças drásticas tendem a causar um desgaste fisico e mental muito maior nos atletas.
Em toda trade deadline, diversos jogadores tocam no assunto e cobram “falta de sensibilidade” da imprensa e torcedores por não entenderem esse período de adaptação.
Quando perguntado sobre o assunto, o pivô Tyson Chandler ressaltou que, dentro das quadras, tudo tende a fluir. Mas que o impacto na vida pessoal acaba influenciando no jogo, levando em conta o desgaste maior que acaba acontecendo.
Trazendo para uma situação atual, CJ McCollum foi trocado para os Pelicans após nove anos defendendo o Portland Trail-Blazzers. E, como se não bastasse o novo desafio, McCollum virou pai recentemente. Então, a mudança de Estado, o fato de sair de sua casa para um hotel, além dos desafios da paternidade, são pontos que precisam ser levados em consideração na avalição sobre o desempenho do atleta.
Obrigações das franquias
As equipes são obrigadas a arcar com todas as despesas de hotel de seus novos jogadores durante 46 dias.
Existe também a exigência de ser um hotel de, no minimo, 5 estrelas. Após isso, o jogador pode continuar no hotel, arcando com os custos, ou se mudar para uma moradia própria. Todos custos com a mudança e transporte de pertences pessoais, também são obrigatoriedade das franquias.