Campeão com Alemanha revela reação de Júlio César após 7 a 1 e nega que teve acordo para tirar o pé no segundo
Goleiro comentou sobre como foi o dia do maior vexame da seleção brasileira
Martin Rose/Getty Images
O goleiro alemão Roman Weidenfeller, que esteve presente na derrota por 7 a 1 da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014, comentou como foi a reação do goleiro Júlio César após a goleada vexatória no Mineirão.
“Eu encontrei o goleiro, Júlio César, várias vezes. Ele me deu a camisa do jogo. Nós temos uma amizade que mostra que, mesmo o jogo sendo chocante para o Brasil, a forma como a Alemanha tentou se comunicar depois do jogo foi bem recebido pelo time de vocês”, disse ele em entrevista à ESPN.com.
Ele ainda revelou que os alemães se sentiram mal com a situação em campo e a forma como venceram os brasileiros em casa.
“Aquele jogo contra o Brasil foi muito difícil para nós. Os brasileiros já viraram amigos para nós. Ganhar o jogo foi bom, é claro. Mas ganhar de 7 a 1 não foi um bom sentimento só, porque não queríamos humilhar o povo, o país que aprendemos a gostar tanto. Foram momentos de alegria, mas difícil para nós, também”, disse.
“Nós criamos muito respeito pelo povo no Brasil. Não foi fácil para nós ver o que aconteceu depois do 7 a 1. Foi muito importante que os brasileiros entendessem não queríamos ser desrespeitosos. Eu acredito que o povo entendeu que ninguém ficou super feliz em ganhar de 7 a 1 e humilhar o Brasil. E as pessoas devolveram na final, com muito apoio contra a Argentina”, completou Weidenfeller.
O goleiro reserva do 7 a 1 ainda negou que tenha ocorrido um acordo para que os jogadores da Alemanha ‘tirassem o pé’ no segundo tempo do jogo para não aumentar ainda mais a goleada sobre o Brasil
“Não, nós não mudamos nada no segundo tempo, não jogamos em outro nível. Nós começamos o segundo tempo como se fosse um 0 a 0. Mas uma coisa importante, os primeiros cinco, dez minutos do primeiro tempo, o Brasil era melhor”, afirmou ele.
“Depois, nós conseguimos fazer o primeiro, o segundo gol, e o Brasil perdeu o controle, viveu um caos. E nós conseguimos viver o momento, fazer os outros gols. Mas, para nós, era importante não mudar no jogo no segundo tempo. Nós jogamos com atitude, mas, claro, o jogo já estava decidido”, acrescentou.

