A derrota do Corinthians para o São Paulo, no último domingo (27), por 2 a 0 — e consequente eliminação do Campeonato Paulista 2022 em sua fase semifinal — mostrou que o time tem ainda muito a melhorar. A equipe foi anulada pelo adversário em boa parte da partida, e apesar de cinco formações diferentes dentro dos 90 minutos, não conseguiu ser uma ameaça ofensiva, tampouco uma coesa unidade defensiva.
Se o revés dói e joga um balde de água fria na imensa empolgação da torcida após as primeiras partidas do Timão sob o comando de Vítor Pereira ele dá, paradoxalmente, as ferramentas para que o treinador consiga ajustar a rota de seu trabalho.
Afinal, com a eliminação, o Corinthians terá dez dias “livres” antes de atuar em seu próximo compromisso. O número é o maior desde a chegada do português ao Parque São Jorge, que teve seis dias antes de estrear, contra o próprio São Paulo, na fase de grupos do Paulistão, e depois emendou partidas e decisões.
Além da necessidade de ajuste, o tempo disponível ao elenco e à comissão técnica do Timão vem num bom timing. Até porque a partida é a estreia da equipe na Libertadores de 2022, marcada para o dia 5 de Abril, contra o Always Ready-BOL. Não bastasse as primeiras vezes de Vítor Pereira e dos jovens — sem falar da “reestreia” dos veteranos com carreira na Europa —, o jogo será disputado na altitude de La Paz, na Bolívia, a mais de 3000 metros do nível do mar.
Nesses dez dias, o mais provável é que o Corinthians treine em sete ou oito deles, com a folga/reapresentação desta segunda-feira, além da viagem para o país sul-americano. Um tempo considerável para ajustes táticos e técnicos e, principalmente, para atingir o preparo físico necessário para uma partida de tamanha exigência como na altitude.

