A chegada de Vítor Pereira ao Corinthians teve significados diferentes para diferentes personagens do elenco. Para os jovens, a oportunidade de crescer sob um novo conceito; para os veteranos, a possibilidade de jogar sob um estilo que os potencialize tecnicamente; para Luan, mais um período de testes.
O meia-atacante, que chegou do Grêmio em 2020, está em seu sexto técnico no Timão. Antes do português, foram Tiago Nunes, Coelho, Vagner Mancini, Sylvinho e Fernando Lázaro. Com todos eles, em um nível ou em outro, o camisa 7 fracassou em assumir uma posição de protagonismo, ou qualquer uma que fosse minimamente próxima ao seu papel no clube gaúcho. Pior: foi perdendo cada vez mais espaço.
Com o “VP”, Luan ainda não jogou, por exemplo. Ele chegou a ficar no banco nas três primeiras partidas do português no Corinthians, mas ficou de fora nas demais e, para a partida desta quinta (24), diante do Guarani, na Neo Química Arena, pelas quartas de final do Campeonato Paulista, não entrou nem na lista dos relacionados.
A situação do camisa 7 é delicada para a diretoria. O jogador, afinal, não agrada há tempos; mas, ao mesmo tempo, tem um investimento “embutido” que, dadas as dificuldades de caixa do Timão, não é por bem ser perdido, seja com ele “encostado” no elenco ou dispensado de seu contrato.
Mais uma avaliação de Luan no Corinthians
Assim, Luan se encontra em um momento bastante familiar a ele no Corinthians: um período de avaliação. O jogador é observado de perto pela comissão técnica de Vítor Pereira, que enxerga nele um grande problema e uma grande qualidade.
No jogo de posse e intensidade que o português vem propondo no Timão, falta ao camisa 7 justamente esta última característica física, enquanto suas principais qualidades envolvem justamente a capacidade de executar um jogo mais cadenciado e associativo — de toques curtos e proximidade com outros jogadores.

