O tempo livre “forçado” do Corinthians na temporada — após a eliminação para o São Paulo, no Campeonato Paulista —, com dez dias livres de compromissos até a estreia da Copa Libertadores da América, será de muito trabalho para o Vítor Pereira. O técnico terá de fazer muitos ajustes para voltar a fazer a equipe mais competitiva. Um deles é “recuperar” Paulinho.
Pode parecer ser cedo para tal constatação, mas os números, além da observação dos últimos jogos, mostram que o volante teve uma queda brusca de rendimento. Mais disperso em campo, menos decisivo e pouco ativo na marcação, ele vem perdendo espaço na “hierarquia técnica” do Timão.
Desde quando fez sua reestreia, Paulinho atuou em todas as 14 partidas do Corinthians no ano. Nas sete primeiras, deu sinais de que parecia ter sido “descongelado”, atuando, guardadas as devidas proporções, da mesma maneira da primeira passagem, com intensidade, movimentação inteligente e oportunismo.
Nesse período, marcou dois gols e liderou uma série de estatísticas do Timão e até do próprio Paulistão, como eficiência em passes, finalizações, entre outros indicadores. Nos sete jogos seguintes, porém — seis deles sob o comando de Vítor Pereira —, o camisa 15 não conseguiu mais encontrar o bom desempenho.
Nesta segunda metade, Paulinho fez apenas um gol pelo Corinhians e apareceu muito menos na área adversária, além de dar mais espaços na marcação, como no gol que abriu o placar para o São Paulo no último domingo (27), marcado por Wellington.
Paulinho pode perder espaço no Corinthians?
É certo que a queda de atuação individual do volante é acompanhada de uma queda do rendimento coletivo do Timão. Ainda assim, põe à prova o espaço como titular “absoluto” no esquema de Vítor Pereira, que pede maior intensidade justamente em sua posição no meio de campo. A ver como serão os próximos dias de treino no CT Joaquim Grava.

