Nesta quarta-feira (23) a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) definiu o novo presidente: o baiano Ednaldo Rodrigues, de 68 anos, candidato único na disputa e que já ocupava o cargo como interino. O mandatário ficará encarregado da maior instituição do futebol nacional até 23 de março de 2026, podendo disputar a reeleição uma vez.
A escolha foi definida em votação realizada nesta quarta, no Rio de Janeiro. Ednaldo foi eleito com unanimidade entre os eleitores: recebeu 137 dos 141 votos possíveis. Apenas a federação alagoana não compareceu ao pleito. Clubes do Brasileirão Série A tinham 40 votos, com peso 2, enquanto os times da Série B tinham peso 1. Apenas a Ponte Preta não participou por problemas judiciários.
Mesmo com a escolha definida, a presidência da CBF pode sofrer alterações nos próximos meses. Isso porque um dos vices da entidade, Gustavo Feijó, entrou com um pedido de suspensão na 1ª Vara Cível de Maceió. O juiz Henrique Gomes de Barros Teixeira aceitou o recurso.
“Existe uma determinação judicial de Alagoas que nós protocolamos nesta casa. A Comissão Eleitoral não está cumprindo. Espero que o judiciário veja o que está acontecendo nesta casa”, disse Gustavo Feijó em protesto antes do pleito.
De acordo com a entidade, a manutenção da eleição para hoje se baseou em uma decisão da justiça do Rio de Janeiro. A CBF também alega que não foi notificada da decisão da justiça alagoana.
“Não foi um processo fácil, nove meses de injúrias, infâmias. E hoje a demcracia venceu. Passei o tempo todo me defendendo, sobretudo do preconceito. Todos sabem da minha vida, tenho caráter ilibado, assim como todos vocês. Nesses últimos meses, eu sofri todo tipo de pressão, todo tipo de preconceito, tive meus telefones grampeados, meus e-mails violados, o e-mail do gabinete da presidência da CBF também violado”, disse Ednaldo Rodrigues após ser eleito, em reprodução do site GE.
O escolhido no pleito já foi presidente da Federação Bahiana de Futebol e era um dos oito vice-presidentes de Rogério Caboclo. Agora o baiano tem quatro imediatos: Rubens Lopes (presidente da FERJ), Reinaldo Carneiro Bastos (presidente da Federação Paulista), Hélio Cury (presidente da Federação do Paraná) e Roberto Goés (presidente da Federação do Amapá).
O antigo presidente da CBF, Rogério Caboclo, foi afastado definitivamente no último mês, após denúncias de assédio moral e sexual contra funcionárias da entidade, em reportagens reveladas pelo portal GE.
