Durante o ano de 2020 foi acertado que em 2022 o teto de gastos da Fórmula 1 seria de 140 milhões de dólares (cerca de 710 milhões de reais), porém tudo pode mudar com algumas equipes reclamando da nova regulamentação orçamentária, como é o caso da Red Bull F1.
A questão é que além de já ser um impacto sobre as equipes da Fórmula 1 (principalmente as de ponta) ainda houve um outro complicador, que é a inflação devido às sanções impostas à Rússia, principal fonte de gás e petróleo da Europa, após a invasão da Ucrânia pelo país. Com isso, a Red Bull F1 é uma das mais preocupadas.
“Acho que este é um problema muito real porque acho que já vimos uma inflação extremamente alta. O que você precisa lembrar é que quando o teto orçamentário foi recuado em meio à pandemia, em meados de 2020, ninguém poderia prever as circunstâncias que teríamos no mundo hoje.” – afirmou Christian Horner, chefe de equipe da Red Bull F1 em entrevista divulgada pelo GPFans. Segundo o inglês, as equipes já estão sentindo essas questões.
Red Bull F1 já sofre com limite de gastos
“O que vemos acontecendo no mundo só vai impulsionar os preços em um caminho. A inflação parece que pode atingir valores recordes, já estamos vendo esse impacto em coisas como frete aéreo apenas para este evento.” – disse o homem forte da Red Bull F1, que acredita que a Fórmula 1 deve revisar o teto de gastos urgentemente.
“É um problema muito sério que temos que analisar e resolver. Isso tem um impacto direto nos empregos e nos salários das pessoas e, portanto, acho que é dever do regulador analisar isso com um grau de urgência para garantir que o alívio seja implementado para levar em consideração o que está acontecendo no mundo com o aumento do custo de vida que todos veremos.” – finalizou Horner.
Mercedes F1 também reclamou do novo teto de gastos da Fórmula 1
Toto Wolff também reclamou do teto de gastos da Fórmula 1. Para o austríaco, essa está sendo uma das maiores dificuldades da Mercedes F1, que já teve que fazer alguns cortes de pessoal devido à nova regra orçamentária.
“Está sendo muito, muito difícil estruturar a empresa e a organização no caminho certo para se encaixar no limite de gastos de 140 milhões. Além disso, reduzir 5 milhões em um ambiente de alta inflação é extremamente doloroso, pois você não pode aumentar os custos com a folha salarial. Por outro lado, você tem que decidir de forma cuidadosa onde investir seus dólares em pesquisa e desenvolvimento.” – disse Toto Wolff, que acredita que a Mercedes F1 terá que apostar no caminho certo para continuar sendo uma grande na Fórmula 1.
“No passado, era um pouco mais fácil porque você poderia seguir por vários caminhos procurando performance. Hoje você tem que decidir qual é aquele com o maior potencial e embarcar nele, então é uma maneira totalmente diferente de operar para os grandes times.” – afirmou o chefe de equipe da Mercedes F1, que finalizou dizendo o quanto a nova regra de gastos limitará a sua equipe.
“E a pressão adicionada pelo limite de gastos dificulta muito mudar o carro porque tudo é planejado, toda evolução e seus custos relativos são planejados. Portanto, estamos muito mais restritos com o orçamento em nossa habilidade para implementar processos criativos no carro.” – finalizou Toto Wolff.
Quando a Fórmula 1 retornará?
A nova temporada da Fórmula 1 dará o seu pontapé inicial no próximo final de semana nos dias 18, 19 e 20 de março com o Grande Prêmio do Bahrein, que será disputado no circuito de Sakhir. A largada será no domingo ao 12h00 (de Brasília) com transmissão da TV Bandeirantes. Lembrando que a categoria, por enquanto, terá 22 corridas em 2022, devido ao cancelamento do GP da Rússia.
Fique ligado aqui no site Torcedores para saber tudo sobre F1 e todo o esporte aqui no Brasil e no mundo!
