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Revelado nas categorias de base do Botafogo, Guilherme Smith é mais um jogador brasileiro que saiu do Ucrânia após a invasão da Rússia. Para fugir da terra, o atacante do Zorya chegou a apanhar de um policial ucraniano e denunciou o racismo recebido.
Após a invasão russa, o jogador se deslocou com outros atletas brasileiros até uma fronteira da Ucrânia com a Polônia, onde foi agredido.
“Fomos barrados pelos militares da Ucrânia. Não sei o motivo. Não queriam olhar passaporte, não queriam passar informação. Muito agressivos. Um policial me deu um tapa muito forte no peito e eu paralisei. Não entendi porque ele fez isso comigo. Só estava pedindo informação a ele. Isso nunca tinha acontecido comigo. Na hora, nem sabia o que fazer porque ele tava com um fuzil na mão. Não podia falar nada também”, revelou o jogador, em entrevista a jornalista Juliana Dal Piva, que é colunista do UOL.
Guilherme Smith, que tem 18 anos, também denunciou o ato racista sofrido na Ucrânia.
“Foi racismo. Não tinha muito ucraniano passando porque os homens não podiam sair. Mas deixavam passar as mulheres e crianças brancas. Muita confusão. Tinha africanos, iranianos ali, uma correria e os policiais muito agressivos”, denunciou Guilherme Smith, para a jornalista Juliana Dal Piva.
O jogador de futebol Juninho Reis e sua família, junto com outros dois jogadores, Guilherme Smith e Cristian Daniel Fagundes, conseguiram sair da Ucrânia nesta terça-feira ??
Mas o relato dele e da esposa, Vitória, mostra o drama que vive quem tenta fugir da Ucrânia. + pic.twitter.com/A4W3k4mON7
— Deputado Alencar (@AlencarBraga13) March 2, 2022
O jogador e outros atletas contaram com a ajuda de voluntários brasileiros para saírem da Ucrânia. Eles conseguiram cruzar a fronteira e chegaram na Polônia.
“Eles nos acolheram e nos deram comida, tudo. Vou ser grato para sempre. Nunca vou esquecer”, disse o jogador, que tem viajem de retorno ao Brasil marcada para esta sexta-feira (4).
