Detentor de um plantel recheado de peças do meio para frente, o Corinthians tem sido colocado como principais times para a temporada 2022, agora sob o comando de Vítor Pereira. Contudo, o time paulista ainda apresenta algumas fragilidades no quesito defensivo. Com a saída de Gabriel para o Internacional, a equipe perdeu um volante tradicional, precisando improvisar no setor atletas que não possuem o cunho de marcação como principal virtude.
Na live do UOL Esporte, os jornalistas Danilo Lavieri e Vitor Guedes debateram sobre o assunto, destacando o quanto um primeiro “volante raiz” faz falta para conter o ímpeto e pressão dos adversários.
“O time do Corinthians é muito bom, mas falta um cinco. Não existe futebol competitivo sem desarme. O Corinthians perdeu para o São Paulo no Morumbi [1 a 0] sendo mais time, mas tomou um gol aso 50 segundos. Du Queiroz não é volante. Ganhou do Red Bull Bragantino por 1 a 0, mas o Bragantino chutou dez bolas da entrada da área. O São Paulo chutou duas, três bolas com o Nestor naquele setor”, destacou Vitão.
Segundo o jornalista, a goleada aplicada diante da Ponte Preta no último final de semana por 5 a 0 não pode servir como parâmetro e esconder as carências do time. Na visão de Vitor Guedes, a ausência de um jogador dessa posição pode fazer falta em jogos mais “cascudos”.
Os #FilhosDoTerrão Reginaldo, Robert Renan, Belezi e Biro completaram o elenco do Timão no treino de hoje! ?
? Rodrigo Coca / Ag. Corinthians#CorinthiansNaBase#VaiCorinthians pic.twitter.com/3WuauJzivD
— Corinthians (@Corinthians) March 14, 2022
“Contra essa Ponte Preta, pode jogar sem volante, zagueiro, lateral-direito. Mas não dá para jogar no Allianz Parque, no Maracanã ou no Mineirão com Du Queiroz de cinco, ou com o Renato Augusto, como fez algumas vezes. O Corinthians é o pior dos 16 times [do Paulistão] em desarme. Para ganhar do time pequeno em casa, você fica com a bola o tempo todo e não precisa desarmar o adversário. Mas não será isso o tempo todo”, comentou Vitão, sugerindo que o clube busque uma peça do ofício no mercado.

