O martelo está batido e os apitos foram soados: Palmeiras e São Paulo vão fazer a final do Campeonato Paulista 2022. Os times repetem a decisão da última edição, vencida pelo lado do Morumbi, por 2 a 0 no agregado. Mas o jogo vai muito mais além de uma possível “revanche” entre as equipes.
Só da rivalidade, a decisão entre Verdão e Tricolor renderia capítulos e capítulos de um livro. De contexto também, colocando frente à frente um técnico estrangeiro e um brasileiro, um que está iniciando (novamente) seu trabalho e outro que consolidou sua posição e deve ter uma estadia duradoura.
Aqui, resolvemos falar um pouco mais do campo. Afinal, Palmeiras e São Paulo chegam à final validados por bons desempenhos em diferentes setores. O primeiro, como de costume, muito eficiente na defesa; o segundo, em franca evolução no ataque.
Palmeiras x São Paulo é defesa contra ataque, mas não tanto
Na decisão, o Verdão põe à prova a melhor defesa da história do Campeonato Paulista. Foram apenas quatro gols sofridos em 14 partidas, uma média de 0,28 gols por jogo que supera os 0,3 do Paulistano de 1905, para se ter noção. Tão impressionante quanto o número é notar que as peças do sistema defensivo alviverde mudaram bastante ao longo da competição, incluindo o goleiro, e mantiveram a performance.
Desafia a ótima defesa do Palmeiras o emergente ataque Tricolor, que terminou a fase de grupos como o segundo melhor do Paulistão, com 18 gols, e chega na final como o melhor, com 24. A média é de quase dois gols marcados por partida (1,7) e tem em Jonathan Calleri seu principal responsável, artilheiro da equipe com 6 tentos anotados.
É bom dizer que o Verdão não fica muito atrás do rival no desempenho ofensivo, tendo balançado as redes 20 vezes. Mas o mais provável é que seja a defesa o pilar da estratégia de Abel Ferreira para superar os comandados de Rogério Ceni que, também é válido recordar, só sofreu um gol na semifinal por conta de uma falha bizarra — e não relacionada à marcação — do goleiro Jandrei.

