A renovação de contrato Abel Ferreira com o Palmeiras tem um “quê” de histórica. Anunciada no último sábado (26), logo após a vitória por 2 a 1 sobre o Red Bull Bragantino, que levou o time à final do Paulistão 2022 — a nona sob a atual gestão do português —, ela firmou um vínculo entre técnico e clube até o final de 2024.
Se cumprido o contrato, o treinador pode se tornar o mais longevo no cargo na história do Verdão, acima até do lendário Oswaldo Brandão. Fora outras marcas que o comandante pode bater, estender e esticar, como número de títulos, finais, jogos, vitórias em casa e por aí vai.
Mas há outro aspecto sobre a renovação que não deixa de ser marcante. Ao acertar a extensão do vínculo de Abel Ferreira, o Palmeiras concluiu um movimento que não fazia há quase dez anos. Todos os outros treineiros que permaneceram por mais de uma temporada (ou de um ano para o outro) o fizeram mantendo seus vínculos iniciais, como foi o caso de Felipão, entre 2018 e 2019, por exemplo.
A última vez que o Verdão renovou com um treinador foi em 2013. Na ocasião, ao final da Série B de 2013, o clube aumentou o contrato de Gilson Kleina, contratado ainda ao final de 2012, até o 2014. O técnico havia acabado de vencer a competição com autoridade, e ganhou o voto de confiança da diretoria — que, ironicamente, o demitiria meses depois, em maio de 2014.

